Política Operação Carro-Pipa
Pipeiros protestam na Paraíba contra atrasos nos pagamentos da Operação Carro-Pipa
Os trabalhadores realizaram uma paralisação às margens do Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, no Cariri da Paraíba.
03/07/2025 11h00 Atualizada há 6 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: reprodução

Na manhã desta quinta-feira (3), pipeiros que atuam na Operação Carro-Pipa, coordenada pelo Exército Brasileiro, realizaram uma paralisação às margens do Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, no Cariri da Paraíba. O protesto ocorre em denuncia aos atrasos de até quatro meses no pagamento pelos serviços prestados no abastecimento de água potável a comunidades atingidas pela seca em diversas regiões do estado. 

Em vídeo encaminhado à imprensa, um dos trabalhadores afirma que, enquanto batalhões de outros estados já regularizaram os repasses, a Paraíba segue sem qualquer solução concreta. Segundo ele, os pipeiros têm sido ignorados e recebem apenas "desculpas" quando buscam explicações para a situação.

 
 
 
 
 
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Ao Patos Online, um dos pipeiros relatou que está desde abril sem receber os pagamentos, enquanto outros sofrem com os atrasos desde março. 

Esta não é a primeira vez que os trabalhadores denunciam atrasos nos pagamentos da operação. No dia 25 de novembro do ano passado, o serviço foi suspenso após o Escritório Regional do Primeiro Grupamento de Engenharia do Exército, com sede em João Pessoa, informar a falta de verbas para manter a operação. Dias depois, o fornecimento de água foi restabelecido após a descentralização de recursos financeiros.

A Operação Carro-Pipa é uma ação emergencial do Governo Federal, em parceria com o Exército Brasileiro, criada para levar água potável às populações de municípios afetados pela estiagem no semiárido. Na Paraíba, mais de 270 mil pessoas são atendidas pelo programa, que se torna essencial em períodos de baixa nos mananciais.

O protesto dos pipeiros acende novamente um alerta sobre o risco de interrupção no abastecimento em dezenas de localidades paraibanas, caso o impasse não seja resolvido com urgência.

Até a publicação desta matéria, o Exército Brasileiro ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre os motivos dos atrasos nem sobre a paralisação ocorrida em Boqueirão.

O Patos Online deixa o espaço aberto caso o comando regional do Exército e demais órgãos responsáveis pelo programa queiram se pronunciar. 

Por Patos Online