Política Erro crasso
Alexandre de Moraes comete erro de português ao advertir Bolsonaro em decisão sobre medidas cautelares: “Justiça é cega, MAIS não é tola (sic)”
O equívoco repercutiu nas redes sociais, sendo apontado por usuários e especialistas em linguagem como um exemplo de “erro básico” cometido em um documento de alto nível institucional da Suprema Corte do país.
24/07/2025 11h24 Atualizada há 1 dia
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: Fellipe Sampaio/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cometeu um erro de português na decisão publicada nesta quinta-feira (24/7), em que negou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas reforçou as advertências quanto ao cumprimento das medidas cautelares impostas.

Ao mandar um recado direto ao ex-chefe do Executivo, Moraes escreveu:

“Como diversas vezes salientei na Presidência do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (sic), a JUSTIÇA É CEGA MAIS NÃO É TOLA (sic)”.

A frase, no entanto, traz um deslize gramatical evidente. O correto, segundo as normas da Língua Portuguesa, seria o uso de “mas”, com sentido adversativo (oposição), e não “mais”, que transmite ideia de adição. O equívoco repercutiu nas redes sociais, sendo apontado por usuários e especialistas em linguagem como um exemplo de “erro básico” cometido em um documento de alto nível institucional da Suprema Corte do país.

Decisão mantém tornozeleira, mas livra Bolsonaro da prisão — por ora

Apesar do erro linguístico, o conteúdo da decisão mantém o tom firme do ministro. Moraes considerou que houve sim um descumprimento parcial das medidas, devido ao uso de redes sociais de terceiros — no caso, o deputado Eduardo Bolsonaro — para divulgação de conteúdo relacionado ao pai, o que viola as condições impostas pelo STF.

A defesa de Bolsonaro alegou que não havia clareza na determinação anterior quanto à veiculação indireta de falas nas redes sociais. Moraes, por sua vez, admitiu que a infração foi “isolada” e decidiu não converter as cautelares em prisão preventiva, mas deixou claro que um novo descumprimento resultará em prisão imediata.

Medidas cautelares em vigor contra Bolsonaro:

Moraes também esclareceu que Bolsonaro pode conceder entrevistas, mas o conteúdo não pode ser replicado nas redes sociais, seja por ele, aliados ou perfis coordenados.

Investigações em curso

Bolsonaro é investigado por uma suposta tentativa de golpe de Estado e, segundo a Polícia Federal, teria atuado para instigar apoiadores contra o Judiciário, além de colaborar com ações internacionais — como a possível influência na decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor sanções econômicas ao Brasil.

Por Patos Online
Com informações do Metrópoles