Locais Fatalidade
Sepultamento de homem morto após desentendimento com o primo ocorre na tarde desta quinta-feira (30)
Segundo o Delegado Claudinor Lucio, as investigações preliminares apontam que a morte ocorreu por asfixia acidental durante a imobilização.
30/10/2025 15h30 Atualizada há 2 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: reprodução

Está sendo velado na Central de Velórios PAF Master, localizada na Rua Horácio Nóbrega, bairro Belo Horizonte, em Patos, o corpo do senhor Marcello Lacerda de Araújo, de 43 anos, que morreu na noite da última quarta-feira (29) após um desentendimento com o primo. O sepultamento está marcado para as 17h desta quinta-feira (30), no Cemitério São Miguel, também no bairro Belo Horizonte.

Marcello residia no bairro Jardim Lacerda, era solteiro, não deixa filhos e era filho da senhora Antônia Lacerda de Araújo. Deixa ainda tios e primos enlutados.

Entenda o caso

Marcello Lacerda de Araújo morreu durante um desentendimento familiar em uma residência na Rua Inácio Fernandes, no bairro Belo Horizonte, em Patos. O caso aconteceu por volta das 22h58 e mobilizou equipes da Polícia Militar, do SAMU e da perícia criminal.

Segundo informações da polícia, ao chegarem ao local, os militares encontraram o suspeito — primo da vítima — imobilizando Marcello, que já estava sem sinais vitais. O acusado relatou aos policiais que não teve intenção de matar, afirmando que apenas tentou conter o primo após ele se tornar agressivo e tentar agredir a própria mãe, tia do suspeito.

O SAMU foi acionado e constatou o óbito ainda no local. Testemunhas informaram que houve uma luta corporal entre os dois antes da chegada das autoridades. A área foi isolada até a chegada da perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC), que realizou os procedimentos cabíveis.

De acordo com o delegado Claudinor Lúcio, da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE), o caso foi inicialmente classificado como homicídio culposo — quando não há intenção de matar. Ele destacou que, embora esse tipo de ocorrência normalmente não seja investigado pela DHE, o superintendente regional da Polícia Civil solicitou que a unidade acompanhasse o caso para aprofundar as apurações.

O suspeito chegou a ser preso em flagrante pelo delegado plantonista, mas foi liberado após pagamento de fiança. Segundo Claudinor, as investigações preliminares apontam que a morte ocorreu por asfixia acidental durante a imobilização.

“A vítima era usuária de drogas e provavelmente estava embriagada e agredindo a mãe, que é tia do suspeito. Ele tentou conter a situação, acionou a polícia, mas acabou entrando em luta corporal e o imobilizou. O sufocamento não foi no pescoço, e sim nas costas, o que impediu a expansão pulmonar. A perícia deve confirmar isso”, explicou Claudinor Lúcio em entrevista à Rádio Espinharas.

O caso segue sob investigação para confirmação dos laudos periciais e conclusão do inquérito.

Por Patos Online