A Polícia Civil da Paraíba cumpriu, nesta terça-feira (11), dois mandados de busca e apreensão na cidade de Paulo Afonso, na Bahia, durante as investigações sobre o assassinato da policial penal paraibana Edvânia Vieira da Silva, de 44 anos, encontrada morta no último sábado (8) dentro de sua residência, no bairro Jardim Magnólia, em Patos.
As diligências foram conduzidas pela Delegacia de Homicídios e Entorpecentes de Patos (DHE), pertencente a 15º DSPC/3ª SRPC, com apoio da Polícia Civil da Bahia. Os mandados tinham como alvo endereços vinculados a Leo Pereira Lima, de 37 anos, marido da vítima e principal suspeito do crime, que está preso desde domingo (10) por força de mandado de prisão temporária.
Durante a operação, os policiais apreenderam uma motocicleta Yamaha Fazer FZ25 de cor preta, utilizada por Leo para se deslocar de Paulo Afonso até Patos na madrugada da quinta-feira (6), data em que Edvânia desapareceu. O veículo estava na casa de um amigo do investigado, que foi ouvido pelo delegado Claudinor Lúcio. O homem relatou que emprestou a moto ao suspeito na quarta-feira (5) e que o veículo foi devolvido na manhã seguinte.
Também foi apreendido um capacete, encontrado escondido dentro de uma caixa d’água na residência da mãe de Leo.
Os objetos serão submetidos à perícia para auxiliar na reconstituição da dinâmica do crime.
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A Polícia Civil reafirmou que não há qualquer indício de participação de facção criminosa ou ligação do assassinato com a função exercida pela policial penal. “Para a Polícia Civil, não restam dúvidas: trata-se de um feminicídio praticado pelo marido da vítima”, informou a DHE em nota.
Edvânia foi encontrada morta ao lado da cama, ainda fardada, com sinais de esganadura e hematomas. Pichações com o nome de uma facção estavam na parede, mas, segundo a polícia, foram feitas para encenar falsa autoria e confundir a investigação.
A investigação agora se concentra na análise do material apreendido, avançando para o esclarecimento completo deste crime bárbaro.
Edvânia, policial penal há 13 anos e lotada no Presídio Feminino de Patos, foi encontrada morta em sua residência após dois dias sem contato com familiares e colegas. Ela estava ao lado da cama, ainda fardada, indicando que a morte pode ter ocorrido pouco depois de chegar do trabalho.
A Seap-PB e a Ageppen-PB divulgaram notas de pesar destacando a trajetória profissional da policial penal, reconhecida pela dedicação e respeito entre colegas.
O velório e o sepultamento ocorreram na cidade natal da vítima, Paulo Afonso (BA), no domingo (9).
Por Patos Online
Com informações da DHE