Depois de mais de dois meses de internação, a pequena Eloá, de 1 ano e 7 meses, baleada pelo próprio pai em Itaporanga, recebeu alta nesta segunda-feira (15), no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande. A informação foi confirmada pela médica pediatra Dra. Noadja Andrade, responsável pelo acompanhamento da criança.
Segundo a médica, Eloá passou 66 dias internada na UTI Pediátrica e, posteriormente, ficou em observação por mais 72 horas, até que a equipe confirmasse a estabilidade de seu quadro clínico. “Graças a Deus, ela evoluiu com completa recuperação. Quando eu falo completa, é porque as funções dela estão todas estáveis. Ela sorri, come, beija a mãe e o primo, que agora é como um irmão. Foi uma cura divina, um milagre”, destacou Dra. Noadja.
Ainda de acordo com a pediatra, a bebê não apresenta sequelas aparentes e terá acompanhamento médico para avaliar seu crescimento e desenvolvimento nos próximos meses. “Ela já tem retorno agendado para exames de controle, como ressonância ou tomografia, se for necessário. A evolução até aqui é satisfatória”, explicou.
No dia 29 de junho deste ano, Eloá foi atingida na cabeça por um disparo de arma de fogo durante o feminicídio de sua mãe, Cláudia Kell de Oliveira Miguel, de 29 anos, assassinada pelo companheiro, Elson Félix de Souza, conhecido como “Chaveirinho”.
O crime chocou a cidade de Itaporanga e mobilizou toda a região. Após fugir, o acusado foi preso em 1º de julho, escondido em uma barraca no sítio Pau Brasil, zona rural do município. Enquanto o processo criminal segue na Justiça, familiares maternos entraram com pedido de guarda da criança no último dia 15 de julho.
Agora, após vencer uma longa batalha pela vida, Eloá retorna ao convívio familiar, simbolizando esperança em meio a uma história marcada por dor e violência.
Por Felipe Vilar - Patos Online