O médico Henry Leite, do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, atualizou nesta sexta-feira (12) o quadro clínico da pequena Eloá, de 1 ano e 7 meses, que foi baleada na cabeça pelo próprio pai, em Itaporanga, no dia 29 de junho.
Segundo o profissional, a criança apresentou evolução significativa e está prestes a deixar a UTI Pediátrica para ser transferida à enfermaria.
— “Essa criança segue estável em ambiente de UTI pediátrica, já em programação de alta da UTI para a enfermaria. Esse caso, que foi extremamente grave e comoveu a população paraibana, é considerado por nós e pela família um milagre”, afirmou.
Henry destacou ainda que, além da fé e da força da menina, o bom resultado se deve à atuação conjunta dos especialistas da unidade hospitalar.
— “Não podemos deixar de mencionar o trabalho técnico de qualidade desenvolvido pela equipe da UTI pediátrica e por todas as especialidades que acompanharam essa criança, inclusive em intervenções cirúrgicas. Esse caso é um retrato da capacidade do nosso hospital em lidar com situações complexas”, completou.
De acordo com o médico, a expectativa é que Eloá permaneça apenas alguns dias na enfermaria antes de receber alta definitiva e retornar ao convívio familiar.
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No dia 29 de junho, Eloá foi atingida na cabeça por um disparo de arma de fogo durante o feminicídio de sua mãe, Cláudia Kell de Oliveira Miguel, de 29 anos, assassinada pelo companheiro, Elson Félix de Souza, conhecido como “Chaveirinho”.
Após o crime, o acusado fugiu, mas acabou preso em 1º de julho, quando foi localizado escondido em uma barraca no sítio Pau Brasil, na zona rural de Itaporanga.
Enquanto o processo criminal segue na Justiça, a luta pela vida da criança mobilizou moradores de toda a região. No dia 15 de julho, tios maternos protocolaram o pedido formal de guarda da menina. A tia da bebê manifestou o desejo de assumir sua criação.
Por Felipe Vilar - Patos Online
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