Está prestes a completar um ano o brutal assassinato da pequena Ayla Evelly Felix dos Santos, de apenas 5 anos, crime que chocou a cidade de Patos e repercutiu em toda a Paraíba. A tragédia ocorreu na noite de 29 de outubro de 2024, no bairro Monte Castelo, Zona Sul da cidade, quando a criança foi vítima de disparos de arma de fogo enquanto caminhava pela calçada.
De acordo com as investigações, os tiros foram direcionados a um adolescente de 17 anos que estava na companhia da menina, mas os criminosos o confundiram com outra pessoa, supostamente envolvida em desavenças ligadas ao tráfico de drogas.
Após diligências intensas, a Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Homicídios e Entorpecentes (DHE) de Patos conseguiu prender quatro homens acusados de participação direta no homicídio: Janailson, conhecido como “Corujinha”, Ryan, e Ian, foram detidos em Patos; posteriormente, um quarto foragido, Matheus, foi preso em João Pessoa.
No dia 6 de agosto de 2025, a Justiça decidiu pela pronúncia dos quatro acusados, entendendo que há indícios suficientes para que eles sejam julgados pelo Tribunal do Júri Popular. Eles respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio, receptação, associação criminosa, adulteração de veículos, entre outras acusações.
Entretanto, em 9 de setembro, foi acolhido um recurso apresentado pela defesa. Com isso, o processo entrou na etapa em que a Defensoria Pública deve expor as razões do recurso. Após essa manifestação, o Ministério Público será intimado para apresentar suas contrarrazões.
Somente depois dessas fases o caso será encaminhado ao tribunal, que decidirá se mantém a pronúncia — confirmando o julgamento pelo Júri Popular — ou se acolhe os argumentos da defesa, podendo modificar a decisão anterior.
Apesar do avanço nas investigações e das prisões efetuadas, a família de Ayla Evelly ainda convive com o sentimento de impunidade. A dor da perda irreparável se mistura à cobrança por celeridade no processo judicial.
"Vai fazer um ano já da fatalidade com minha filha, uma criança, até agora aguardamos pela Justiça", disse o pai.
Tomados pela saudade e pela revolta, os familiares reforçam o apelo por justiça, na esperança de que os acusados sejam julgados e punidos pelo crime que interrompeu de forma tão trágica a vida de uma criança inocente.
Por Patos Online
*Com informações complementares de Pabhlo Rhuan