Policial Laudo do IPC
Perícia descarta presença de metanol em corpo de homem que morreu após consumir bebida alcoólica na Paraíba
Embora o laudo definitivo ainda não tenha sido concluído, os peritos trabalham com a hipótese de que a morte esteja relacionada a problemas patológicos agravados pelo consumo excessivo de álcool comum (etanol), e não por intoxicação causada por substâncias adulteradas.
09/10/2025 10h30 Atualizada há 2 horas
Por: Felipe Vilar Fonte: Patos Online
Foto: reprodução

O Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba concluiu, nesta quinta-feira (9), que não houve presença de metanol nas amostras coletadas do corpo de Rariel Dantas, de 32 anos, que faleceu no último sábado (4), em Campina Grande, após suspeita de intoxicação por bebida adulterada.

De acordo com a diretora-geral do IPC, Raquel Azevedo, os exames foram realizados em amostras de sangue, urina e conteúdo estomacal da vítima, ainda enquanto ela permanecia internada. Os resultados apontaram ausência total de metanol, mas confirmaram a presença de etanol – substância presente em bebidas alcoólicas comuns.

“Foram realizadas análises toxicológicas completas e todas as substâncias suspeitas foram descartadas. Não foi identificado metanol em nenhuma das quatro amostras analisadas, apenas etanol”, informou Raquel, em contato com o Portal MaisPB.

Natural do município de Baraúna, Rariel deu entrada no Hospital Regional de Picuí apresentando sintomas compatíveis com intoxicação. Ele relatou ter ingerido bebidas alcoólicas durante três dias seguidos e, devido ao agravamento do quadro, foi transferido para a UTI do Hospital de Trauma de Campina Grande, onde acabou morrendo.

Análises de bebidas também afastam presença de metanol

Após o caso, equipes da Vigilância Sanitária e da Polícia Civil interditaram o depósito onde o homem havia consumido as bebidas e recolheram os produtos para análise. Segundo o IPC, 51 amostras de garrafas foram examinadas e nenhuma apresentou vestígios de metanol.

“Não encontramos metanol nem nas amostras do corpo, nem nas bebidas apreendidas. Foram feitos todos os testes possíveis, e o resultado é negativo”, destacou a diretora do órgão.

Investigação aponta para causa natural

Embora o laudo definitivo ainda não tenha sido concluído, os peritos trabalham com a hipótese de que a morte esteja relacionada a problemas patológicos agravados pelo consumo excessivo de álcool comum (etanol), e não por intoxicação causada por substâncias adulteradas.

“A vítima tinha histórico de alcoolismo, e o óbito pode ter sido provocado pelo excesso de etanol. Por isso, descartamos uma causa externa”, explicou Raquel Azevedo.

O IPC informou que novos exames complementares serão realizados para confirmar o diagnóstico final e encerrar o laudo pericial.

Por Patos Online
Com informações do MaisPB