Criado pelo Banco Central para facilitar a realização de transferências financeiras e pagamentos, o Pix está com novas regras válidas a partir deste mês de janeiro. Entre elas, o aumento do limite individual por transação, horário noturno personalizado, flexibilização em transferências entre empresas e a ampliação de valores para o Pix Saque e Pix Troco.
As modificações entraram em vigor na última segunda-feira (2) e causam impacto direto na relação entre empresa e cliente, considerando os dados da última Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, que revelou a utilização do Pix como a principal modalidade de pagamento utilizada pelos consumidores paraibanos no momento de efetuar compras nos pequenos negócios. O levantamento foi realizado pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme os dados, 37% dos entrevistados responderam utilizar o Pix como forma de pagamento, enquanto 30% informaram optar pelo uso do cartão de crédito, 17% pela utilização do cartão de débito, 13% com dinheiro em espécie e 2% outros meios.
De acordo com o analista técnico da agência regional do Sebrae/PB em Patos, Ferdinando Félix, as novas regras tendem a consolidar cada vez mais o método de pagamento do Pix, especialmente em situações de compras. “Acreditamos que as mudanças vão contribuir cada vez mais com essa realidade, pois é uma ferramenta que facilita para o consumidor ou cliente. O Pix já se popularizou e se tornou hoje um dos meios de pagamento ou transferência de valores mais utilizados pelos brasileiros. Além de prático e fácil de usar, sua segurança é outro fator que colabora”, destacou.
Com relação à atuação dos pequenos negócios, o analista do Sebrae/PB explica que as alterações também colaboram para efetivação das vendas, considerando a opção do pagamento e o aumento do limite nas transações. “Por ser uma ferramenta ágil e prática com certeza colabora para facilitar a vida dos empresários e consequentemente dos pequenos negócios. Seja na hora de realizar transações com seus fornecedores ou clientes, ou até mesmo sendo opção de pagamento na substituição do cartão de débito, dinheiro, transferência bancária (TED e DOC) e boleto, por exemplo”, concluiu Ferdinando Félix.
Confira as mudanças:
Fim do limite por transação – Com a nova regra, o limite do Pix deixa de ser individual por transação, passando a considerar os limites diários. Por exemplo, uma transação que era feita várias vezes até atingir o valor final de uma compra, agora pode ser feita uma única vez observando o limite diário.
Flexibilização do limite noturno – Esse período era considerado pelas instituições financeiras entre os horários das 20h às 6h, agora o usuário do serviço pode mudar esse período das 22h às 6h.
Aumento nos valores para Pix Saque e Pix Troco – Pela regra antiga, o usuário poderia sacar ou receber como troco R$ 500 via Pix no período diurno e R$ 100 à noite. Com as alterações, esses valores passaram a ser de R$ 3 mil durante o dia e R$ 1 mil no período noturno.
Flexibilização no limite de transferências entre empresas – O limite agora passou a ser definido por cada instituição financeira onde o usuário é correntista.
Os limites do Pix serão iguais aos da Transferência Eletrônica Disponível (TED) – O uso do Pix operações com a finalidade de compra passa a considerar os limites iguais aos da Transferência Eletrônica Disponível (TED). Antes, os limites eram referenciados aos cartões de débito.
Aposentadorias e pensões poderão ser pagas através do Pix – O método de pagamento agora permite que o Tesouro Nacional faça o pagamento de aposentadorias, pensões e salários ao funcionalismo por meio de conta-salário associada ao Pix. Antes, essa condição possibilitava apenas pagamentos para receber taxas e multas, substituindo a Guia de Recolhimento à União (GRU).
Fonte: MaisPB
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