Na noite de quarta-feira 11, a rede varejista Americanas anunciou a descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões no balanço contábil da companhia. A revelação caiu como uma “bomba” entre os investidores.
Em fato relevante divulgado ao mercado, o CEO da Americanas, Sergio Rial, que estava no comando da varejista há nove dias, renunciou ao cargo. Rial é um dos executivos de maior prestígio do país.
Em termos técnicos, a rede varejista explicou que o rombo foi identificado em “inconsistências em lançamentos contábeis”, ou seja, o valor se refere a empréstimos para compras junto a fornecedores na qual a Americanas é devedora de bancos e que não apareciam devidamente no balanço.
Embora as informações sejam preliminares, a detecção do rombo prenuncia um escândalo em uma das maiores varejistas da América Latina, e deve comprometer a recuperação dos papeis da rede no mercado financeiro, que acumulam perdas de quase 60% em um ano na Bolsa de Valores.
O conselho da Americanas nomeou interinamente o diretor de recursos humanos, João Guerra, como presidente e diretor de Relações com os Investidores. Segundo a Americanas, trata-se de um “executivo com ampla trajetória na companhia nas áreas de tecnologia e recursos humanos, e não envolvido anteriormente na gestão contábil ou financeira.”
A empresa acrescentou ainda que o conselho vai criar um comitê̂ independente “para apurar as circunstâncias que ocasionaram as referidas inconsistências contábeis, que terá́ os poderes necessários para a condução de seus trabalhos.”
Fonte: Revista Oeste
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