Jogando na Arena, o Grêmio sobrou diante do Internacional, na noite deste domingo (21), em Gre-Nal válido pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Em confronto de número 439 na história, a ideia de jogo baseada em saídas rápidas para o ataque, aliada a eficiência nas conclusões, foi fatal para os anfitriões construírem o elástico placar de 3 a 1 no clássico de Porto Alegre.
O resultado, além de trazer uma nova dose de instabilidade ao trabalho de Mano Menezes, serviu para o Tricolor subir para a 10ª posição com 11 unidades. O Colorado, por sua vez, parou na 15ª colocação com sete pontos conquistados.
TRAVE DE UM LADO, ÂNGULO DO OUTRO
Em duelo bastante aberto e com alto grau de movimentação nos dois sistemas ofensivos logo nos primeiros minutos, Johnny assustou a meta de Gabriel Grando quando Luiz Adriano fez bem o trabalho de pivô e carimbou o travessão gremista em chute na altura da meia-lua. Porém, do outro lado, o 'detalhe' que faltou ao Inter sobrou em categoria para o Grêmio na primeira oportunidade que Luiz Suárez teve de bater em gol.
Após bola retomada na altura do meio-campo, o uruguaio se livrou da marcação e, mesmo de longe, bateu de chapa bola que foi no ângulo esquerdo de um Keiller que até tentou o que seria uma defesa de caráter milagroso, mas não alcançou. Placar inaugurado na Arena ainda com seis minutos de jogo.
ESTRATÉGIAS BEM DESENHADAS
Mesmo atuando na condição de visitante, a posse de bola e atitude mais proativa na busca pelo controle da partida, logo depois do gol, veio por parte do Colorado.
A dificuldade ficava por conta da forte marcação imposta do lado gremista, especialmente, pela recomposição onde Suárez era a única figura de maior liberdade para ser o responsável na retomada da posse e armação de possíveis contra-ataques, algo que ocorreu de maneira rara na etapa inicial. Com esse panorama, tanto Gabriel Grando como Keiller se tornaram, nesse período da partida, figuras que apareciam bem menos no confronto, já que as finalizações capazes de fazer ambos trabalharem diminuíram bastante.
IMORTAL AINDA MAIS CONFORTÁVEL
Compensando a falta de volume ofensivo com disputas mais assertivas que davam a 'segunda bola' constantemente para seu lado, o Grêmio se valeu disso para ampliar a dianteira no clássico por intermédio de Villasanti. Após corte parcial de Campanharo nas proximidades da grande área do Inter, o paraguaio ganhou duas disputas antes de sair cara a cara com Keiller e bater cruzado, rasteiro, para fazer mais uma vez o torcedor explodir na Arena.
11 CONTA 10
É bem verdade que o lado tricolor no Gre-Nal voltou do intervalo disposto a respeitar a estratégia que tinha funcionado na primeira parte do jogo: recuar suas linhas e, na base da transição rápida, se aproveitar dos espaços que o adversário deixaria com sua ideia de jogo voltada ao ataque na busca para se recuperar da desvantagem.
Entretanto, essa ideia de jogo se tornou ainda mais necessária quando Kannemann exagerou na força quando tentou desarmar Pedro Henrique, acertou apenas o atacante do Inter e recebeu o segundo cartão amarelo. Com a consequente expulsão, o Imortal ficou com um homem a menos ainda aos sete minutos.
ESCAPADA FATAL
Dentro do que poderia (e tinha a intenção de) fazer com dez jogadores, o posicionamento do Grêmio acabou sendo certeiro na hora de roubar a posse e sair com velocidade onde Suárez tratou de levantar a cabeça para servir Bitello.
Aparecendo na grande área, o meio-campista cortou pro meio e bateu forte, no alto, fugindo do alcance de Keiller em lance ocorrido com 20 minutos de etapa complementar, 3 a 0.
O DE HONRA
Com a partida dem uma reta final onde o Grêmio buscava manter a concentração e o Internacional tentava ao menos diminuir a larga desvantagem, quem se saiu melhor foi o Colorado. Após cobrança de escanteio, aos 42 minutos, Johnny cabeceou no canto oposto de Gabriel Grando que sequer se mexeu, vendo a bola balançar as redes para o chamado 'gol de honra' do Inter.
Fonte: Lance!
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