Na noite de 23 de junho, as artistas Vanessa Oliveira, fotógrafa documental e psicóloga, e Wânia Nóbrega, jornalista e produtora de audiovisual/editora, lançaram o curta-documentário intitulado "A gente tava era com saudade" durante o São João da AMORIL, na cidade de Patos.
O filme retrata a saudade que a comunidade sentiu ao não poder celebrar o São João nas ruas onde moram durante a pandemia, e a alegria de poder reviver essa manifestação cultural nordestina, que tem uma tradição forte entre os moradores fundadores da AMORIL.
A diretora do curta, Vanessa Oliveira, ressalta a importância de lançá-lo junto às pessoas que participaram do documentário e na própria rua onde ocorre o Arraiá da AMORIL. Segundo ela, "antes de o mundo ter contato com a produção em festivais de cinema, é importante que as pessoas que participaram assistam, se encantem e se sintam representadas. Assim, poderão sentir em primeira mão a energia desse lindo curta-metragem que retrata a cultura de festejar o São João na frente das casas, uma manifestação que aos poucos vem se diluindo em meio às festividades de grande porte. 'A gente tava era com saudade' documenta uma história cultural, fraterna e histórica da Rua Inácio do Leão. Estamos falando sobre a preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade de Patos. Espero que as pessoas sintam, se emocionem e apreciem o que irão ver na tela", disse Vanessa.
Em meio à alegria do Arraiá, com fartura e amizade entre a comunidade da AMORIL e seus convidados, o curta foi lançado e apreciado por todos, que se encantaram com a beleza e a magia de se ver nas telas do cinema. Logo em seguida, a comunidade deu início às festividades, que encantam não apenas os moradores da rua há sete anos, mas também pessoas de outros estados, como Tocantins, Rio Grande do Norte, Amazonas, Recife e nossa amada Paraíba.
“Foi um documentário muito emocionante porque além da gente lembrar dos que já estavam aqui, um agradecimento a todos, a gente também ficou na lembrança daqueles que já não estão entre nós e que tiveram sua colaboração. Foi um momento especial e único porque à medida que estava passando o documentário, eu também estava vendo as crianças brincando, e as que estavam presente no documentário e que estão chegando no ARRAIÁ, né? Eram crianças bem menores, e eu acredito que estamos cumprindo o objetivo, que é resgatar a nossa própria história, pois vivemos um momento de muitas informações, muitas desconstruções de nossa própria história. Então aqui no ARRAIÁ nós tivemos esse momento em que estamos resgatando e construindo uma memória afetiva do que é o São Jõao para nós nordestinos e sertanejas e sertanejos," disse Volândia, idealizadora do evento.
O curta não será divulgado nas plataformas digitais, pois no momento ele segue em processos avaliativos de participação em festivais de cinema do Brasil, mas em breve a diretora pretende deixa-ló acessível para todo o público.
Patosonline.com
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