Aproveitando-se de maneira notória de uma expulsão, o Estudiantes abriu larga vantagem sobre o Goiás nas oitavas de final da Sul-Americana. Jogando no Estádio UNO, em La Plata, os anfitriões venceram por 3 a 0 e podem perder por dois gols de diferença, no embate de volta, que ainda avançam. Ao Esmeraldino, resta buscar um triunfo, no mínimo, com três tentos de distância para levar a definição às penalidades máximas.
O compromisso decisivo está marcado para o próximo dia 9 de agosto, às 19h (de Brasília), no Estádio Serra Dourada.
NA BASE DA MÉDIA DISTÂNCIA
Tendo por mais tempo a bola nos pés, os argentinos cometiam erros, especialmente, nos passes mais agudos dentro do sistema ofensivo e viam, no chute de média distância, uma arma relevante frente ao sistema defensivo bem recomposto de seu adversário. Não à toa, foi dessa forma que o Estudiantes conseguiu suas duas melhores oportunidades de marcar quando Mauro Méndez e Benjamín Rollheiser bateram cruzado, na altura da entrada da grande área. Na primeira delas, o centroavante parou em defesa um tanto quanto desajeitada (mas eficiente) de Tadeu enquanto a segunda carimbou o poste esquerdo da meta goiana antes de sair da grande área.
CHANCE CLARA E DE COR ESMERALDA
Com a representação de La Plata subindo suas linhas para ter maior quantidade de opções ofensivas, um espaço considerável se abria para a puxada de contra-ataques no qual, gradualmente, o Goiás parecia encontrar o melhor posicionamento para ter superioridade nas transições em velocidade. Foi dessa maneira que o time dirigido por Armando Evangelista criou a grande chance de gol na primeira etapa, quando Anderson Oliveira disparou com a posse da bola, tabelou com Luis Oyama e ficou em ótimas condições para finalizar. Porém, o goleiro Mariano Andújar saiu bem da meta para fechar o ângulo e evitou a abertura do marcador em solo argentino.
PONTO DE DESEQUILÍBRIO
Um minuto e 40 segundos. Esse foi o tempo na etapa complementar que o time brasileiro jogou em igualdade numérica antes de lance no qual Tadeu deu um chutão e, na dividida, Bruno Santos foi com o pé muito alto. Após ver o lateral-direito do Esmeraldino acertar o peito de Mauro Méndez, a arbitragem do colombiano André Rojas não hesitou e mostrou o cartão vermelho direto, sem qualquer intervenção do árbitro de vídeo. Sete minutos depois, o trabalho com toques curtos e tentando ampliar a área de atuação para os lados do campo teve Gastón Benedetti com espaço para fazer o cruzamento e o centroavante Guido Carrillo (que entrou no intervalo) escapando da marcação para testar forte, sem chance de defesa para Tadeu.
COMEÇOU A SOBRAR
Nitidamente em processo de adaptação à dificuldade adicional para recompor a marcação, o Goiás se via perdido diante do volume de jogo que passou a ser imprimido pelo Estudiantes. Como resultado, enquanto Carrillo chegou a perder grande chance de cabeça, no mesmo estilo de lance no qual abriu a contagem, o mesmo não pode se dizer de Benjamín Rollheiser. Após bola alçada pelo lado direito, a bola quicou dentro da área e, após encobrir Apodi, a pelota ficou favorável para o chute cruzado de Rollheiser, que passou embaixo das pernas do marcador e entrou no extremo canto esquerdo do gol defendido por Tadeu.
Mesmo com todos os problemas em ter menos alternativas do que o oponente para sair das linhas de marcação, o Esmeraldino tentava sustentar a posse de bola e optava, habitualmente, pelos toques curtos antes de 'rifar' a bola para manter o confronto em temperatura mais favorável aos visitantes. Entretanto, mesmo sem exercer constante pressão, o Estudiantes encontrou seu terceiro gol quando um bom trabalho de movimentação ofensiva teve o corte parcial da zaga goiana caindo nos pés de Rollheiser. O camisa 10 só teve o trabalho de bater rasteiro e carimbar a ótima vitória do Pincharrata em seus domínios.
Fonte: Lance!
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