O Bolívar está nas quartas de final da Libertadores. Contra o Athletico-PR, na capital paranaense, o time de La Paz foi derrotado no tempo normal, por 2 a 0, mas foi mais eficiente que seu oponente nas cobranças de pênalti e garantiu uma histórica classificação que o aproxima da campanha de 2014, ano em que o clube boliviano chegou à semifinal.
APERTOU E ABRIU A CONTA
Exercendo a habitual pressão que costuma fazer nos duelos dentro de casa, o Furacão avançava em bloco e colocava muitos nomes no campo de ataque, atuomaticamente obrigando a representação boliviana a cuidar muito mais de sua retaguarda do que pensar em incursões pontuais no setor ofensivo. Porém, faltava maior clareza na troca de passes, não conseguindo levar real perigo ao gol de Carlos Lampe até os 30 minutos quando a ação do Árbitro de Vídeo iniciou o lance do primeiro gol do jogo.
Após lance onde Canobbio ganhou da marcação dentro da área e bateu para defesa do goleiro do Bolívar, o VAR revisou a jogada e apontou penalidade por conta de toque de mão do zagueiro Bryan Bentaberry. Na cobrança, Fernandinho assumiu a responsabilidade e bateu forte, no canto esquerdo de Lampe que até acertou o lado, mas não alcançou.
AGITAÇÃO ATÉ O INTERVALO
Mesmo com superioridade técnica na partida e chegando a criar pelo menos outras duas chances com Vitor Roque com potencial de ampliar a dianteira, o Bolívar balançou as redes após bola lançada na área onde Ronnie Fernández ganhou na disputa com Thiago Heleno, Francisco da Costa ajeitou e Pato Fernández bateu por baixo de Bento. Porém, depois de nova revisão por parte do VAR, o peruano Kevin Ortega manteve a anulação indicando falta de Ronnie sobre o zagueiro do Athletico-PR.
NA HORA DA TENSÃO... CHAMA ELE!
Na volta do intervalo, o Rubro-Negro teve dificuldades para estabelecer o mesmo volume de jogo da etapa inicial, esbarrando tanto na melhora do sistema defensivo do time adversário como também na crescente quantidade de erros cometidos na tomada de decisões no último terço do campo. Algo que, consequentemente, era aproveitado pela representação da capital boliviana que ia 'travando' o jogo com faltas e tentando sustentar a posse de bola o mais longe possível de sua meta.
Em meio o caráter de tensão que o duelo ia se formatando, bastou que Vitor Roque tivesse uma oportunidade com maior clareza de finalização e o camisa 9 não desperdiçou. Após bola dividida na frente da grande área, Canobbio deu passe maravilhoso que atravessou a área e achou o centroavante que dominou e bateu no contrapé de Carlos Lampe. 2 a 0 Furacão e decisão, até o presente momento, indo para as penalidades máximas.
FOI TUDO PRA MARCA DA CAL
Da mesma forma que ocorria quando o Bolívar estava apenas com um gol de vantagem no marcador, o Bolívar não se limitava apenas a defender-se com linhas mais retraídas, tentando sustentar a pressão do Athletico que teve como oportunidade mais clara de garantir a vaga o chute de Canobbio que bateu na trave, nas costas de Lampe e foi pra fora. Apesar de povoar a parte frontal de sua área, o time dirigido por Beñat San José não se furtava de sair em lances pontuais para o ataque, porém, notoriamente com o desgaste físico sendo outro adversário para os bolivianos.
Com tudo inalterado até o último apito do peruano Kevin Ortega, a disputa por vaga nas quartas de final da Libertadores foi para as penalidades. Nas quatro primeiras batidas, os dois times mantiveram os 100% de aproveitamento até que Bruno Sávio converteu enquanto Thiago Heleno mandou no travessão e determinou a classificação dos bolivianos.
Fonte: Lance!
Mín. 22° Máx. 37°