Advogado de suspeito diz que não vai mais dar declarações sobre caso Ana Sophia

O advogado do homem apontado como principal suspeito pelo desaparecimento da menina Ana Sophia, Marcus Alânio Martins Vaz, anunciou, na noite desta sexta-feira (22), que não prestará mais declarações à imprensa em relação ao caso. A decisão veio após uma entrevista coletiva realizada pela Polícia Civil da Paraíba, na qual foram fornecidos detalhes que apontaram Tiago Fontes como foragido e o principal suspeito no desaparecimento da menina.

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Ana Sophia foi vista pela última vez no dia 4 de julho deste ano, no distrito de Roma, em Bananeiras, interior do estado da Paraíba, onde residia com a família.

No comunicado divulgado, o advogado declarou: "Hoje, após a entrevista dos Senhores Delegados, integrantes da Polícia Civil do meu Estado, responsáveis pela Presidência das investigações sobre o desaparecimento – lamentável e odioso – de uma criancinha, até então, residente no Distrito de Roma, do Município de Bananeiras, Paraíba, tomo como propício o presente momento, para informar que, depois de reiteradas conversas, quase sempre, longas, com a nossa imprensa, decidi, serenamente, reservar-me no direito de AGUARDAR, o meu acesso PLENO, aos elementos de informação do inquisitório (PRERROGATIVA INEGOCIÁVEL DA ADVOCACIA), para que, somente assim, volte a proferir pronunciamentos públicos. Rogo, pois, pela compreensão, reafirmando minha inabalável confiança no Estado Democrático (e Social) de Direito."

A Coletiva

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A Polícia Civil da Paraíba realizou uma entrevista coletiva nesta sexta-feira, 22, para revelar os desenvolvimentos mais recentes na investigação do desaparecimento da menina Ana Sophia, de 8 anos, ocorrido em 4 de julho no distrito de Roma, localizado na cidade de Bananeiras, no brejo paraibano.

Uma reviravolta no caso aconteceu, pois Tiago Fontes Silva Rocha, marido da professora de Ana Sophia, deixou de ser um mero investigado e se tornou o principal suspeito do desaparecimento da criança. A prisão dele foi decretada, e Tiago agora é considerado foragido.

O delegado Pablo Everton, do núcleo de homicídios da delegacia seccional de Solânea, próxima a Bananeiras, revelou que as investigações indicam o assassinato da criança e a ocultação do corpo. Everton afirmou: "Baseado em provas científicas e testemunhais, ao que tudo indica, a criança está morta. Temos hoje como afirmar cientificamente que a menina entrou na casa do suspeito e de lá não saiu. Não sabemos ainda de que forma ele ocultou o corpo, mas o indicativo é de que Ana Sophia esteja morta."

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O delegado Aldrovili Grisi, que também atuou nas investigações, apontou indícios de materialidade do crime e fortes vestígios contra Tiago Fontes. Grisi relatou: "Ao entrarmos na casa dele encontramos vasto material em livros sobre como assassinar uma criança e como ocultar o corpo, além de outros livros sobre 'serial killer' e títulos que apontam para alguém que pesquisava sobre as formas de cometer um crime dessa natureza."

Tiago Fontes foi interrogado pela polícia anteriormente e negou qualquer envolvimento no crime, chegando até a acusar a menina de ser uma "menina má". No entanto, essa alegação foi completamente descartada pelas testemunhas ouvidas no inquérito.

Quando convocado para um segundo depoimento, Tiago não compareceu e deixou a cidade. A última vez que foi visto foi no dia em que deveria depor, quando adentrou uma área de mata e desapareceu.

O celular do suspeito foi encontrado escondido na casa de seu sogro, em frente à residência da família de Ana Sophia, com o modo avião ativado. A perícia confirmou que o aparelho foi formatado duas vezes com a intenção de ocultar informações.

Com base em todas as evidências, e após a perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba, Tiago Fontes teve sua prisão pedida e foi decretada pela Justiça. Ele deixa, assim, de ser apenas um investigado e passa a ser o principal suspeito de ter cometido o crime.

A Polícia Civil pede a colaboração da população e solicita que qualquer informação sobre o paradeiro de Tiago Fontes seja comunicada ao disque-denúncia da Polícia Civil pelo número 197 ou ao Ciop (Centro Integrado de Operações Policiais) pelo 190. Todas as informações serão mantidas em sigilo absoluto.

Fonte: Portal T5