A redação do Paotosnline.com recebeu na manhã deste domingo de carnaval, 11 de fevereiro, uma denúncia proveniente do Matadouro Público de Patos sobre o abate de vacas prenhas, aquelas que estariam nos últimos dias para dar cria.
No vídeo recebido por nossa equipe, é possível ouvir pessoas lamentando o fato e mostrando o corpo de um filhote exposto ao solo do matadouro. No áudio, pessoas lamentam o fato e afirmam que em poucos dias a vaca abatida certamente daria cria do filhote.
Veja o vídeo abaixo:
Esse ato cruel e chocante, por incrível que pareça, é regulamentado na portaria nº 365, publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com o artigo 7, que trata do manejo de fêmeas gestantes e das operações realizadas em fetos de fêmeas gestantes abatidas, a prática passa a ser liberada. Antes, a carcaça das vacas abatidas no terço final de gestação acabava sendo rejeitada pela indústria para consumo in natura. Agora, a normativa diz que deve ser evitado o transporte e o abate das fêmeas gestantes que se encontrem nos últimos dez por cento do período gestacional – o equivalente a menos de um mês para as vacas, que têm gestação de nove meses.
A portaria nº 365 do Mapa vale para todos os estabelecimentos de abate do Brasil, independentemente se o frigorífico tiver inspeção federal, estadual e municipal. A regra pode mudar nos casos em que a legislação local for mais restritiva.
Sobre o assunto, o Patosonline.com fez contato com o secretério de agricultura, Ferré Maxixe, e este, por sua vez, confirmou que o fato é regulamentado por lei e frisou que todos os abates realizados no Matadouro Público só são efetuados mediante o acompanhamento técnico da médica veterinária, que é responsável por verificar os animais antes do abate.
Ele informou que após a folga do período de Carnaval a médica irá se pronunciar sobre o caso, explicando a regulamentação para o abate dos animais no Matadouro Público.
Por Patosonline.com
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