Treze comemora 100 anos de história em meio à incerteza e um calendário reduzido

O Treze está comemorando 100 anos de vida neste domingo, dia 7 de setembro de 2025. Completar 100 anos não é para qualquer um. Ou melhor, não é para qualquer clube. A longevidade é um dos motivos para se comemorar. No entanto, o Galo da Borborema vive um ano de centenário para tirar da memória do seu torcedor. E que não afeta apenas esta temporada, mas também a próxima.

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Hoje, o time paraibano vive a incerteza financeira e a certeza de um calendário reduzido em 2026. O Treze completa 100 anos em meio à Recuperação Judicial que poderia ter decretado a falência do clube justamente na semana da comemoração.

O início frustrado de temporada

A temporada de 2025 do Galo da Borborema começou com um balde de água fria. É que o Treze foi eliminado na segunda fase da pré-Copa do Nordeste para o Ferroviário por 2 a 0.

No Campeonato Paraibano, o clube conviveu com altos e baixos. O que é natural. Mas que não poderia deixar serem mais momentos ruins do que bons. Na primeira fase, foram cinco vitórias, três empates e uma derrota. A classificação para a segunda fase aconteceu.

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E o Galo da Borborema encarou o Botafogo-PB, um de seus grandes rivais, na semifinal. O resultado do jogo de ida, no Amigão, jogou mais um balde de água fria no Treze. Uma derrota por 2 a 1 e, ainda mais, a perda do seu craque Dione, expulso, para o confronto de volta. Na seguda partida, um empate sem gols, que culminou na eliminação do Campeonato Paraibano.

Essa campanha rendeu ao Alvinegro a 4ª colocação no estadual, devido os dois empates na outra semifinal, entre Serra Branca e Sousa. Com isso, o Treze já iniciava o seu centenário sob pressão por não ter garantido uma vaga na Série D de 2026.

Só neste recorte, entre pré-Copa do Nordeste e o estadual, o Galo da Borborema já havia utilizado dois técnicos diferentes: Renatinho Potiguar e Marcelo Martelotte.

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Série D 2025: de mal a pior

Por não ter conquistado uma vaga na Série D de 2026 via estadual, o Treze teria que subir para a Série C ou depender que o Sousa ascendesse de divisão na competição nacional. Nem um e nem outro.

Buscando uma reação dentro do Brasileirão, o Galo da Borborema recorreu a Felipe Surian, que não deu muito jeito. O nome seguinte foi o de Marcelo Vilar, também sem sucesso. A última carga do clube foi apostar em William De Mattia para sonhar com uma clasificação. No entanto, ao fim da primeira fase, o Treze somou 13 pontos, cinco a menos que o Ferroviário, último colocado do G-4.

A volta dos que não foram: Bolinha entrega carta de renúncia

Em meio ao turbilhão que o clube vivia dentro de campo, o presidente do Treze, Artur Bolinha, entregou uma carta de renúncia do seu cargo. Mas o Galo da Borborema sequer convocou novas eleições, e o antigo mandatário ainda segue no time.

Recuperação Judicial para negociar dívidas

Não vá pensando que o momento conturbado se limitou às quatro linhas. O Treze, neste momento, passa por um processo de Recuperação Judicial para tentar negociar as suas dívidas, que giram em torno de 30 milhões.

Aliás, na última quarta-feira, a proposta feita pelo Galo da Borborema foi negada pelos credores mais uma vez. Agora, os credores é quem vão formular um novo plano de pagamento, dentro de 30 dias, para ser convocada uma nova assembleia. E, consequentemente, que esse plano seja votado.

A negativa para a proposta do Treze poderia ter até desencadeado para uma votação de falência ou não do clube ainda na quarta-feira. Contudo, sugestão e efetivação para um plano de pagamento formulado pelos credores deixou essa possibilidade de lado.

O dia é festivo, mas também serve de um alerta para reflexão. Reflexão que o Treze precisa ter para a próxima temporada. Para um 2026 em que o seu torcedor vai poder ver o clube durante apenas o primeiro semestre.

Fonte: ge PB