A sociedade civil, bem como representantes de entidades classistas, está sendo convidada para participar de um ato público em defesa das políticas de saúde mental que estão garantidas em portarias do Ministério da Saúde e presentes no Sistema Único de Saúde (SUS), porém, estão sendo ameaçadas de revogação pelo Governo Federal.
O ato está marcado para acontecer na próxima segunda-feira, dia 14, às 08h00, no largo da Oi-Telemar, Rua Bossuet Wanderley, Centro de Patos. A presidente da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Patos e Região (ASPPA), Jossely Oliveira, é uma das que estão apoiando o ato e convidando demais usuários.
A revolta dos cidadãos está se dando diante da ameaça de revogação de quase 100 portarias que dão garantias para o serviço público de saúde mental. Na cidade de Patos, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) adulto e infantil, que atendem centenas de usuários, corre risco de fechar. Jossely Oliveira relatou que os CAPS devem ser melhorados e não fechados como pretende o Governo Federal e o Ministro da Saúde.
“Mesmo diante da maior pandemia dos últimos tempos, em decorrência do novo coronavírus, que já matou quase cento e oitenta mil brasileiros, o Governo Federal segue promovendo o desmonte do SUS e das políticas públicas. Vamos usar máscaras, álcool em gel, manter distanciamento, mas não podemos ficar de braços cruzados perante esse ataque aos serviços de saúde mental. É revoltante que estejamos saindo às ruas devido a esse ataque aos direitos conquistados com muita luta”, relatou Jossely.
Suzana Nascimento, mãe de criança usuária do CAPS, se mostrou indignada com o fato da ameaça de revogação das portarias que garantem os serviços de saúde mental. “Eu vou! Chego mais cedo e depois vou trabalhar, mas não posso me indignar somente nas redes sociais. É um absurdo ter que lutar para manter um serviço que, em vez de ser destruído, deve ser melhorado cada vez mais”, relatou Suzana.
Jozivan Antero – Patosonline.com
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