Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que em 12 das 27 unidades federativas do Brasil o número de pessoas que são beneficiadas pelo programa Auxílio Brasil superou o número de pessoas com carteira assinada. Ou seja, nesses 12 estados há mais pessoas recebendo o auxílio do que aquelas que vivem de emprego formal.
Nos estados do Norte e Nordeste brasileiros, por exemplo, apenas Roraima e Rio Grande do Norte não registraram esse número. Entretanto, em todos os demais estados, o número de beneficiários do programa é maior que o número de trabalhadores formais.
A Paraíba, por exemplo, tem 431.929 pessoas com carteira assinada, enquanto que 612.051 recebem o Auxílio Brasil. Um dos motivos desse número é também porque, diferente do Bolsa Família, que os beneficiários eram excluídos do programa, caso conseguissem um emprego, no Auxílio Brasil, alguns beneficiários seguem recebendo o valor mensal mesmo após ter a carteira assinada.
Esse número se concretizou após a inclusão de 2 milhões e 700 mil famílias no programa, após a mudança de nome. Antes, o Bolsa Família tinha pouco mais de 35 milhões de famílias dependentes. Agora, esse número supera os 43 milhões, considerando o aumento no número de beneficiários.
Deste modo, 18 milhões de brasileiros que têm carteira assinada recebem o Auxílio Brasil, enquanto que 41 milhões têm apenas empregos formais. Estão isentos desses números os servidores públicos, que não podem ter carteira assinada e também não podem receber auxílio social.
A pesquisa considerou dados do CAGED e do Ministério da Cidadania, com números de fevereiro de 2022.
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