O Nacional de Patos emitiu uma nota de repúdio sobre o caso envolvendo a árbitra patoense Ruthyanna, que sofreu preconceito de gênero ao expulsar o zagueiro do Auto Esporte-PB durante o Clássico Botauto, contra o Botafogo-PB, pelo Campeonato Paraibano Betino.
Ruthyanna Camila, de 27 anos, é natural de Patos, e é árbitra do quadro da CBF desde 2015, sendo a única mulher do quadro da Federação Paraibana de Futebol (FPF-PB).
Em nota, o clube patoense enalteceu a garra e o esforço da árbitra patoense que iniciou sua história como árbitra no gramado do José Cavalcanti, aqui em Patos.
O fato ocorreu aos 25 min do segundo tempo, após Willian Kaefer, do Botafogo-PB, fazer falta em Léo Henrique. Os dois jogadores se desentenderam e, na sequência, Thiago Santos, do Auto Esporte-PB, atingiu Kaefer com um empurrão por trás e, com isso, iniciou-se uma confusão entre os atletas dos dois times.
No meio da confusão, o zagueiro Tiago Bob, que já havia recebido cartão amarelo por reclamação, recebeu o segundo amarelo, dessa vez por empurrar adversários em meio ao tumulto, e foi expulso. Ao sair de campo, o zagueiro esbravejou:
“É nisso que dá botar mulher para apitar” — disse Tiago Bob.
A fala do atleta foi ouvida por algumas pessoas que estavam à beira do gramado, entre eles o delegado da partida, Gerson Tomaz da Silva Júnior, que repassou a informação para a árbitra Ruthyanna Camila. Ela relatou tudo em súmula, reforçando que se sentiu ofendida.
— Informo que me senti ofendida em minha honra e moral — afirmou.
O Auto Esporte também emitiu uma nota se solidarizando e pedindo desculpas à árbitra Ruthyanna Camila e a todas as mulheres ofendidas pela fala do atleta.
Por Pabhlo Rhuan - Patosonline.com
*(com informações do ge PB)
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