Três advogados que integram a equipe de defesa de Danilo da Silva Pedrosa, ex-marido da jovem Ianny Marry, afirmam que possuem evidências sólidas que comprovam a inocência de Danilo, o principal suspeito do feminicídio. Ianny Marry, de 28 anos, foi encontrada morta em sua residência em Cajazeiras no dia 15 de outubro.
De acordo com os advogados Claudenilo Pereira, Breno Moreira e Renato Moreira, as novas provas indicam que Danilo não estava em Cajazeiras no momento em que o crime ocorreu. A base da prisão de Danilo foi o depoimento de uma testemunha que alegou ter visto um homem suspeito saindo da casa de Ianny na manhã do dia 14. Entretanto, a defesa alega que um vídeo de uma câmera de segurança mostrou Danilo no saguão de seu condomínio em Fortaleza na mesma manhã, o que tornaria impossível ele estar em Cajazeiras no mesmo horário.
Além disso, a defesa alega que Danilo pegou um carro da empresa Uber na manhã de sábado para ir até o centro de Fortaleza, o que reforça a tese de que ele estava na capital cearense.
Os advogados também mencionaram o depoimento do atual "ficante" de Ianny, que teria afirmado que deixou a vítima em casa por volta das 23h na sexta-feira, indicando que ela ainda estava viva nesse horário. Quando o resultado do exame cadavérico sair, a defesa espera confirmar a hora da morte de Ianny.
Outra alegação da defesa é que vestígios de pele humana foram encontrados sob as unhas da vítima, sugerindo que houve uma luta corporal, mas Danilo não tinha ferimentos. Os advogados acreditam que essas evidências provam a inocência de seu cliente e alegam que a prisão foi feita devido à pressão da opinião pública.
"É muito arriscado todo e qualquer tipo de pré-julgamento nesse momento. O inquérito está se formando, as provas estão sendo colhidas, e é importante reiterar o fato de que a defesa, como um todo, está contribuindo de forma significativa para as investigações", destacou Breno Moreira.
Além disso, a defesa diz, ainda, que foi acrescentado nas alegações o registro do cartão de ponto de Danilo feito às 16h do dia 13 na firma onde ele trabalha em Fortaleza. O suspeito também entregou seu celular espontaneamente para a realização de perícia.
O advogado Renato Moreira acrescentou que o casal estava separado há cinco meses, mas, segundo ele, tinha uma relação amigável: “No que vem sendo carreado ao inquérito até agora, não existe absolutamente nada que leva, ao menos, à presunção de culpabilidade do Danilo. Tudo até agora leva, exatamente, à inocência”, afirma Renato Moreira.
O caso continua sob investigação policial, e os resultados das evidências e perícias podem ser cruciais para a resolução do caso.
Por Patosonline.com
Com informações do Diário do Sertão
Mín. 22° Máx. 37°