O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse neste domingo (18) que a fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, é um "problema localizado" que não afeta a segurança do sistema prisional federal.
"Não afeta, em hipótese nenhuma a segurança das cinco unidades prisionais federais, mas é um problema localizado e que será superado em breve com a colaboração de todos", disse o ministro à imprensa após desembarcar em Mossoró.
Lewandowski desembarcou no Aeroporto de Mossoró, por volta das 9h30 deste domingo (18), para acompanhar as investigações sobre a fuga do presídio federal, bem como o quinto dia de buscas pelos dois fugitivos.
"Haveremos de superar em breve essa situação adversa. Já demos conta de algumas medidas que pretendemos tomar a curto, médio e longo prazo, que serão definidas depois pelos nossos corpos técnicos", ressaltou.
Lewandowski ainda afirmou que viajou ao Rio Grande do Norte para agradecer a colaboração das autoridades federais e estaduais e elogiar os entrosamento das equipes nos esforços pela recaptura dos fugitivos.
O ministro viajou acompanhado do diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Gustavo Souza. A comitiva foi recepcionada pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).
Segundo o Ministério da Justiça, o grupo e o secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, que está no Rio Grande do Norte desde a quarta-feira (14), data da fuga, devem se reunir com os responsáveis pelas equipes de busca.
Os trabalhos de buscas por Rogério Mendonça e Deibson Nascimento - fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró - entraram no quinto dia neste domingo (18). Os dois foram vistos pela última vez na noite de sexta (16) quando invadiram uma casa que fica a 3 km da Penitenciária.
A fuga aconteceu na última quarta-feira e é a primeira registrada na história do sistema penitenciário federal, desde sua criação em 2006.
Cães farejadores, helicópteros, e mais de 300 agentes de segurança das forças estaduais e federais trabalham nas buscas que se concentram em um perímetro de 15 quilômetros em torno do presídio.
Em alguns momentos, a polícia contou com a ajuda de moradores da região que conhecem a área de mata fechada. "Os policiais me chamaram hoje pra ser uma espécie de guia deles porque eu conheço muito a área. Na quinta-feira eu levei eles até o lugar das pegadas que era dentro de um terreno que eu já morei", disse o agricultor Manoel Honorato, de 62 anos.
Fotos dos fugitivos foram espalhadas por vários pontos das comunidades rurais próximas ao presídio.
Na quarta-feira (14) - mesmo dia da fuga - uma casa foi invadida na zona rural de Mossoró, a cerca de 7 km da penitenciária. Objetos pessoais como camiseta e uma colcha de cama foram furtados.
A polícia foi acionada e fez buscas na área. Na quinta-feira (15) objetos foram encontrados em uma área de mata. Um dos moradores da região confirmou aos investigadores que, entre os itens, estava uma colcha de cama furtada de sua casa.
A Polícia Federal recolheu material biológico desta casa. As amostras encontradas serão confrontadas com informações genéticas dos fugitivos.
Já na sexta-feira (16), com a ajuda de cães farejadores, uma camiseta de uniforme de presidiário foi encontrada na mata.
Na noite de sexta os fugitivos invadiram uma casa na zonra rural, fizeram os moradores reféns, comeram, beberam água e roubaram dois celulares.
Fonte: g1 RN
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