Após uma nova rodada de negociações realizada nesta sexta-feira, os professores de universidades e institutos federais decidiram continuar com a greve que já se estende por dois meses, afetando 61 instituições de ensino em todo o país. A decisão foi tomada após o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) considerar insatisfatória a proposta do governo.
O governo Lula sugeriu a revogação de uma portaria que amplia a carga horária dos docentes e prometeu a criação de um grupo de trabalho para discutir a reestruturação da carreira acadêmica. No entanto, a ausência de uma oferta de reajuste salarial para este ano foi um dos principais fatores que levou o sindicato a manter a paralisação.
O Andes exige um aumento salarial de 3,69% em agosto de 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% em maio de 2026. Em contrapartida, o Planalto se comprometeu apenas com 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. As divergências entre as propostas impediram um acordo, prolongando a greve.
As propostas apresentadas pelos Ministérios da Educação e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos serão submetidas a consultas em assembleias nas universidades ao longo da próxima semana. No entanto, a expectativa é que sejam rejeitadas pela maioria dos docentes.
A continuidade da greve representa um desafio significativo para o governo, que busca equilibrar a necessidade de ajustes fiscais com as demandas dos servidores públicos. Enquanto isso, estudantes de diversas instituições seguem prejudicados pela paralisação das atividades acadêmicas, aumentando a pressão para uma resolução rápida e eficaz do impasse.
Patosonline.comm
Mín. 23° Máx. 37°