Na cidade de Monteiro (PB), Maria Vitória cursava o 1º ano do Ensino Médio. Em 2022, ela começou a trabalhar na padaria de Gilson. Segundo a família dela, o relacionamento entre os dois começou poucos meses depois, quando ela tinha 13 anos.
Gilson levou Maria Vitória para morar com ele na casa onde ela passou os últimos meses de vida. Lá, o empresário promovia festas com as amigas dela - todas menores de idade - regadas a bebidas alcoólicas, o que se tornou um hábito.
No dia do crime, Gilson e Maria Vitória estavam bebendo sozinhos, quando começaram a discutir por causa de uma brincadeira que ela fez com ele. Durante a madrugada, ele atirou na adolescente. Os policiais chegaram ao local do crime 12 horas depois, e encontraram a jovem morta.
"Ele já tentou fazer muita coisa comigo, né? Tipo, já jogou a pistola na minha cara, estourou a minha cabeça. Aí tive que dar ponto na UPA, um monte de coisa. Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele."
A mãe de Maria Vitória, que mora em São Paulo há dois anos, foi para o enterro da filha em Monteiro, e revelou que se arrependeu de não ter denunciado o relacionamento. Enquanto isso, a polícia investiga se Gilson cometeu o crime de estupro de vulnerável, já que a relação entre os dois começou quando ela tinha menos de 14 anos.
Gilson Cruz foi preso horas depois do crime, em Brejo da Madre de Deus (PE). Ele já havia sido condenado em 2019 por lesão corporal dolosa contra a própria filha, à época adolescente, depois de uma discussão. A Justiça chegou a determinar a prisão dele, mas a pena foi substituída por prestação de serviços comunitários. Agora, a polícia investiga se o empresário mantinha relações com outras menores de idade.
A defesa do empresário nega que ele tenha cometido estupro de vulnerável, e diz que o investigado irá esclarecer os fatos perante a autoridade judiciária.
Fonte: Fantástico/g1
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