Dois servidores do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de João Pessoa foram afastados de suas funções neste sábado, 21 de setembro, sob suspeita de terem vazado um vídeo do corpo do garoto Miguel Ryan Mendes Alves, de seis anos, que foi morto e decapitado pela própria mãe na madrugada de sexta-feira, 20 de setembro.
Os funcionários afastados são um motorista prestador de serviço do Numol e uma técnica em necropsia. Ambos foram denunciados por supostamente terem compartilhado as imagens do corpo do menino, cujo assassinato chocou a capital paraibana.
A direção do Numol informou que a decisão de afastá-los foi tomada para que a denúncia do vazamento pudesse ser investigada de forma minuciosa. As autoridades do órgão estão tratando o caso com a devida seriedade, uma vez que o vazamento de imagens de cenas de crimes, especialmente envolvendo vítimas menores de idade, constitui uma grave violação ética e legal.
O crime brutal, ocorrido no bairro de Mangabeira, já havia gerado grande comoção pública. A mãe da vítima, Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, foi detida após ser encontrada pela polícia com a cabeça do filho no colo, dentro de seu apartamento. Ela foi baleada ao resistir à prisão e está internada em estado grave no Hospital de Trauma de João Pessoa.
A divulgação não autorizada de imagens da necropsia é um agravante em um caso já marcado por extrema violência e tragédia, e as investigações buscam identificar as responsabilidades no vazamento, bem como tomar as medidas cabíveis contra os envolvidos.
A direção do Numol afirmou que tomará todas as providências para que situações como essa não voltem a ocorrer, além de colaborar com as autoridades policiais na apuração do caso.
O corpo de miguel foi velado no município Itambé, em Pernambuco, cidade onde a família de Miguel mora, e o sepultamento aconteceu na manhã deste sábado (21), em Pedras de Fogo.
Por Patos Online
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