A Barragem Capoeira, responsável pelo abastecimento dos municípios de Santa Terezinha, Patos e São José do Bonfim, encontra-se em um cenário preocupante: as comportas do reservatório estão abertas há quase 130 dias, enquanto o volume atual do manancial registra menos de 15,83% de sua capacidade total.
De acordo com informações da Agência Executiva das Águas da Paraíba (AESA), divulgadas no último dia 12 de dezembro, o açude possui atualmente 8.460.826 metros cúbicos de água, de uma capacidade total de 53,5 milhões de metros cúbicos. Para efeito de comparação, em 2019 o reservatório chegou ao volume morto, com menos de 4% de sua capacidade.
A Câmara Municipal de Santa Terezinha tem pressionado a AESA para adotar medidas emergenciais, incluindo um regime de fechamento das comportas em ciclos de 15 dias, alternando períodos abertos e fechados para evitar um esgotamento ainda maior. No entanto, os esforços não têm surtido efeito até o momento.
Os vereadores locais solicitaram uma Audiência Pública, mas a AESA não enviou representantes nem respondeu aos requerimentos da Câmara. Enquanto isso, o açude apresenta sinais de abandono, com buracos, crateras e um matagal avançado ao redor do balde do reservatório, conforme registro feito pelo Blog do Jordan Bezerra.
A situação atual reacende o alerta para os desafios enfrentados pelo manancial, que já enfrentou crises hídricas severas no passado. A manutenção de comportas abertas por longos períodos tem gerado críticas de moradores e representantes políticos, que apontam a necessidade urgente de ações para garantir o uso sustentável do açude.
Diante do risco iminente de agravamento da crise, moradores e lideranças locais esperam uma resposta efetiva da AESA e do governo estadual. Medidas como o fechamento controlado das comportas e a recuperação estrutural do reservatório são consideradas essenciais para evitar que a Barragem Capoeira volte a entrar em volume morto, comprometendo o abastecimento das cidades que dependem do manancial.
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