Uma denúncia publicada pelo colunista Tácio Lorran, do site Metrópoles, nesta terça-feira (7), trouxe à tona os altos salários recebidos por esposas de ministros do governo Lula em tribunais de contas estaduais (TCEs). De acordo com a reportagem, os rendimentos, que incluem salários, auxílios e benefícios adicionais, podem ultrapassar R$ 100 mil por mês.
Entre as conselheiras mencionadas está Onélia Santana, esposa do ministro da Educação, Camilo Santana (PT). Eleita em dezembro de 2024 pela Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Onélia agora ocupa uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE), onde terá direito a um salário fixo de R$ 39.717,69, além de benefícios como ajuda de custo de R$ 13 mil, auxílio-alimentação de R$ 2 mil e auxílio-saúde superior a R$ 5 mil. O cargo é vitalício.
Onélia junta-se a outras quatro esposas de ministros que já ocupam posições similares:
Altos rendimentos em evidência
Segundo o levantamento realizado pela coluna, Marilia Góes recebeu em 2024 uma média de R$ 75,6 mil brutos por mês, totalizando R$ 629 mil no ano. Já Rejane Dias alcançou um rendimento líquido de R$ 595,7 mil no mesmo período, com um pico de R$ 111,1 mil em fevereiro, quando somou indenizações e auxílios.
Renata Calheiros, por sua vez, acumulou R$ 440 mil líquidos entre janeiro e outubro de 2024, com ganhos mensais superiores a R$ 50 mil. Os dados foram obtidos através do Portal da Transparência dos TCEs e da plataforma Fiquem Sabendo.
Silêncio dos tribunais
Os tribunais de contas citados na matéria foram procurados para comentar os dados, mas, até o momento, não se manifestaram sobre as informações reveladas.
A reportagem reacendeu o debate sobre os critérios de escolha para cargos vitalícios nos TCEs, frequentemente ocupados por figuras políticas ou pessoas ligadas a ex-governadores.
Patoosnline.com
Texto produzido com base em informações publicadas pelo site Metrópoles
Imagem - Reprodução/Arte-Metrópoles
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