O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), um dos principais cotados para assumir a presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2025, manifestou prudência em relação à possível formação de uma federação partidária entre Republicanos, Progressistas (PP) e União Brasil. Em entrevista ao programa Correio Debate (98 FM), Motta destacou a necessidade de critérios bem definidos para evitar conflitos internos e garantir uma atuação política coesa.
“São três partidos grandes com bancadas representativas. É preciso entender como essas forças irão se acomodar com a possível federação. No momento, temos que ter muita prudência para que, com muita responsabilidade, isso possa ser discutido e essa discussão também tenha um compromisso com o país, que é o mais importante”, afirmou.
Na Paraíba, o cenário político traz desafios adicionais. Enquanto Republicanos e PP integram a base de apoio ao governador João Azevêdo (PSB), o União Brasil atua na oposição. Motta destacou que as diferenças regionais precisam ser levadas em consideração. “Na Paraíba, o que vejo é que você tem, por exemplo, o Republicanos e o Progressistas no campo do governador, você tem o União Brasil na oposição e, a partir daí, tem que saber qual será o critério aqui no Estado. Está tudo no campo da especulação”, ponderou.
As negociações para a federação avançam com previsão de oficialização em fevereiro de 2025. Juntas, as três siglas somam atualmente 153 cadeiras na Câmara dos Deputados, número que pode ultrapassar 200 após a janela partidária – período em que deputados podem trocar de partido sem sofrer sanções. A união busca ampliar a representatividade política e o tempo de propaganda eleitoral para as eleições de 2026.
A sucessão na presidência da Câmara, no entanto, tem impactado diretamente as negociações. Embora PP e Republicanos apoiem a candidatura de Hugo Motta, o União Brasil lançou inicialmente o deputado Elmar Nascimento (BA), gerando divergências internas. Recentemente, o União Brasil sinalizou apoio à candidatura de Motta, fortalecendo sua base.
A formação de federações partidárias, regulamentada pela legislação eleitoral, exige que os partidos atuem de forma unificada em todo o país por um período mínimo de quatro anos. Isso inclui decisões conjuntas em temas nacionais e estratégias eleitorais compartilhadas, representando um desafio para a acomodação de interesses regionais e a manutenção da harmonia interna.
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