Uma investigação policial conduzida pela 16ª Delegacia Seccional, concluiu que a recente proliferação de moscas no município de Princesa Isabel e região tem relação direta com a grande quantidade de estercos produzidos pelas galinhas das granjas instaladas nos arredores da cidade, localizada no Sertão da Paraíba. O fenômeno tem causado preocupação devido às doenças transmissíveis pelo inseto, que tem invadido casas e estabelecimentos comerciais, afetando principalmente crianças e idosos.
De acordo com o delegado Gutemberg Cabral, são mais de 600 mil aves que, diariamente, produzem mais de 30 toneladas de fezes. O acúmulo desse material orgânico exposto tem criado um ambiente propício para a proliferação das moscas, cuja reprodução ocorre em apenas sete dias. O resultado tem sido o aumento significativo do número de insetos, gerando o que alguns moradores já chamam de “quase epidemia” da chamada “virose das moscas”.
Embora as granjas representem uma importante atividade econômica para o município, gerando empregos e movimentando a economia local, o impacto ambiental e sanitário tem gerado revolta entre os moradores. Em resposta, os proprietários das duas principais empresas de avicultura da região passarão a responder pelo crime previsto no art. 54 da Lei nº 9.605/98, conhecida como a Lei dos Crimes Ambientais.
Durante a investigação, os empresários apresentaram um projeto denominado “Mosca Zero”, que promete solucionar o problema com a implementação de medidas diárias de limpeza dos dejetos, além da comercialização rápida do esterco para uso como adubo na agricultura. Segundo os investigados, essas ações impossibilitariam a proliferação das moscas e minimizariam os impactos ambientais.
O inquérito foi enviado à Justiça e ao Ministério Público, que agora irão avaliar se aceitam o projeto de composição de dano ambiental proposto ou se mantêm o enquadramento criminal dos responsáveis.
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Por Patos Online
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