O presidente do Nacional Atlético Clube de Patos, Thiago Cintra, está no centro de uma crise interna que pode culminar em sua destituição do cargo, conforme articulação em andamento no Conselho Deliberativo do clube. A decisão, segundo o próprio dirigente, foi comunicada por Flávio Santos, ex-presidente do Conselho, que renunciou recentemente à função e será substituído pelo promotor de eventos Márcio Dantas.
Embora a pauta de sua saída tenha avançado, Thiago Cintra ainda permanece oficialmente como presidente do Canário do Sertão. A deliberação, no entanto, só terá validade jurídica após a ata da reunião ser registrada em cartório. O documento deverá apresentar os motivos formais do pedido de afastamento.
Entre os principais pontos que embasam o pedido de destituição de Cintra estão:
Desde que assumiu o comando do clube, em agosto de 2023, após a saída de Suélio Félix, Thiago Cintra tem enfrentado conflitos frequentes com conselheiros e parte da torcida, devido a decisões administrativas consideradas centralizadoras e não consensuais.
Em nota oficial, Cintra refutou as acusações e alegou que o grupo de conselheiros responsáveis pelo pedido de sua saída está inadimplente com o clube. Segundo ele, 20 dos 35 conselheiros assinaram o documento, mas muitos deles estariam com três meses ou mais de atraso nas contribuições, o que os tornaria inelegíveis para deliberar, de acordo com o estatuto do clube.
"Somos 35 conselheiros, dos quais 20 assinaram esse ato ilegítimo. Não estão com suas mensalidades em dia, alguns com três meses e outros com anos de atraso. O estatuto é claro: conselheiro que não contribui por três meses é banido do cargo", declarou.
Cintra também mencionou conquistas financeiras durante sua gestão, como acordos com outros clubes e negociações de atletas. Um dos seus projetos mais ambiciosos, ainda em discussão, é a transformação do Nacional em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) — uma medida que, segundo ele, garantiria mais solidez econômica ao clube.
O dirigente afirmou que aguarda o comunicado oficial de seu afastamento e adiantou que pretende acionar a Justiça para se defender de acusações que considera infundadas.
"Não para retornar ao cargo, mas para que provem as acusações que fizeram contra mim", concluiu.
Enquanto o impasse continua, o futuro administrativo do Nacional de Patos segue indefinido. O clube, que tem uma das maiores torcidas do Sertão paraibano, observa com atenção os desdobramentos de uma das crises políticas mais delicadas de sua história recente.
Por Patos Online
Com informações do ge PB
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