A Polícia Civil revelou novos detalhes sobre a tragédia registrada na noite da última quinta-feira (25), no bairro São José, em João Pessoa, onde um homem de 51 anos matou a própria irmã, fez a mãe refém, atirou em um vizinho e, em seguida, tirou a própria vida. Segundo o delegado Diego García, responsável pelas investigações, o suspeito mantinha um verdadeiro arsenal dentro de casa e havia escrito planos para assassinar familiares e pessoas próximas.
Entre os materiais encontrados estavam itens de uso policial, como coturnos, coldre, bornal, luvas, touca ninja e vestimenta tática, além de armas e artefatos letais: um revólver calibre .38, uma machadinha, um taco com pregos, dois explosivos artesanais e diversos carregadores rápidos para reposição de munição.
De acordo com a investigação, o homem sofreu um surto psicótico no momento do crime. Ele atirou contra a irmã e um vizinho de 67 anos, além de manter a mãe em cárcere. Durante a ação, no entanto, várias munições falharam, o que possibilitou a fuga de algumas vítimas, como a irmã – que chegou a correr, mas não resistiu aos ferimentos – e um sobrinho, que conseguiu escapar ileso após a arma não disparar.
Ainda conforme a Polícia Civil, uma sobrinha relatou em depoimento que o suspeito mantinha um caderno com anotações, onde listava planos para matar parentes e conhecidos com quem mantinha desavenças.
O homem estava em tratamento contra depressão, fazendo uso de medicamentos controlados, mas teria interrompido o acompanhamento há cerca de quatro meses, segundo relatos da família.
O vizinho baleado no pescoço foi socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, onde passou por cirurgia e permanece em estado estável. Já a mãe, feita refém, recebeu atendimento médico e encontra-se em recuperação após o choque emocional.
Por Patos Online
Com informações do g1 PB
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