
O advogado Taciano Fontes divulgou, nesta quarta-feira (8), uma nota pública em defesa das professoras-mestras Alana Candeia de Melo e Aristeia Candeia de Melo, demitidas recentemente do Centro Universitário UNIFIP, na cidade de Patos, bem como da irmã delas, Aretuza Candeia de Melo, professora-doutora da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba).
Segundo o jurista, as docentes — que atuaram por mais de três décadas na instituição — foram desligadas sem justa causa, após o reitor associar as demissões ao fato de serem irmãs de um ex-funcionário acusado de envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Taciano Fontes classificou as declarações do reitor João Leuson Palmeira como “infelizes e levianas”, e afirmou que suas clientes estão sendo injustamente expostas. “As professoras dedicaram quase 40 anos de suas vidas à instituição. Elas não têm qualquer relação com o setor onde ocorreram as supostas irregularidades, e sequer mantêm contato com o irmão acusado desde 2020”, destacou o advogado.
“Nós primeiro protocolamos, nas UNIFIP, um pedido para que a instituição peça desculpas às minhas duas clientes, as professoras Alana e Aristeia, pelos quase 40 anos que dedicaram à empresa, e que, infelizmente, foram demitidas como se fosse uma ‘limpeza’. A forma como foi dito, ‘fazer uma limpeza’, soa como se estivessem tirando o lixo da instituição. E essas duas professoras, que formaram gerações, que ensinaram gerações, não são sujeira.
Portanto, nós pedimos que, em até 48 horas, a Unifip se retrate publicamente, nos mesmos portais e em suas redes sociais, por essa fala infeliz do senhor reitor, já que minhas clientes não são lixo para serem limpas da instituição.” - disse Taciano.
O advogado informou ainda que protocolou representações no Ministério Público do Trabalho (MPT) e na Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES), pedindo acompanhamento das demissões que, segundo ele, estariam ocorrendo “sem critérios objetivos” e atingindo funcionários por laços familiares com suspeitos de irregularidades. “Não temos compromisso com quem desviou dinheiro. Mas inocentes não podem ser punidos por sobrenome”, acrescentou.
“Duas grandes educadoras, mulheres idosas, foram sumariamente demitidas apenas por serem parentes de um suposto funcionário desonesto, e ninguém se pronunciou para defendê-las. Estamos exigindo que se restaure a honra dessas mulheres e da família Candeia”, afirmou o advogado.
Taciano Fontes também mencionou o caso da professora Aretuza Candeia, irmã das docentes, que leciona na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e não tem vínculo com a UNIFIP, mas estaria sendo alvo de críticas e ataques nas redes sociais por confusão de identidade.
Falo também em nome da professora Aretuza, que não é docente da instituição, mas sim professora da UEPB, onde é concursada e possui o título de doutora. Ela também vem sendo criticada nas redes sociais e, inclusive, foi mencionada em algumas matérias que citaram “as Candeias”. A professora recebeu diversas publicações nas redes, sendo injustamente associada às docentes envolvidas no suposto escândalo — mesmo não sendo professora da UNIFIP.
Diante de tudo isso, estamos pedindo que a instituição tenha a humildade de reconhecer o erro cometido contra essas pessoas. Repito: não estou retirando o direito da instituição de exercer sua prerrogativa de investigar e punir quem, porventura, tenha desviado recursos da instituição — isso é mais do que justo. A instituição deve realmente apurar os fatos, pois nenhum empregador é obrigado a conviver com desonestos dentro de sua empresa, mas tudo isso precisa ser feito com cuidado e com respeito.
Veja abaixo o vídeo na íntegra:
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Em entrevista recente ao Blog do Jordan Bezerra, o reitor da UNIFIP, João Leuson Palmeira, revelou a existência de um esquema de fraudes e desvios financeiros dentro da instituição, que resultou na demissão de pelo menos 18 funcionários. Segundo ele, a auditoria interna identificou adulterações em projetos, planilhas falsas e notas fiscais suspeitas, além de irregularidades em contratos de manutenção e compras.
O reitor afirmou que novas demissões ainda devem ocorrer conforme o avanço das investigações e reforçou que o dossiê com todas as informações será encaminhado ao Ministério Público da Paraíba (MPPB). “Estamos limpando a casa e eliminando qualquer vínculo com esse esquema. Cada um vai se defender na Justiça, mas as provas estão sendo apresentadas”, disse.
João Leuson classificou a situação como um “escândalo” e garantiu que as medidas adotadas visam preservar a integridade administrativa da instituição. “O crime não compensa, e aqui ficou provado que não vai compensar”, concluiu.
Por Patos Online
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