O professor Sérgio Ricardo, diretor do Centro de Saúde e Tecnologia Rural, da Universidade Federal de Campina Grande, Campus de Patos, publicou uma note rebatendo a denúncia feita pela ONG Adota Patos, acerca de maus tratos a cães e gatos que vivem nas dependências da instituição.
O diretor discordou da nota da ONG que relatou negligência do Campus, por conta de alguns animais estarem morrendo dentro da universidade sem assistência, e pela falta de ações para melhorar a saúde dos animais.
Na nota, Sérgio Ricardo cita a construção de um abrigo para 50 animais, nas dependências da UFCG, e dá outros esclarecimentos sobre os pontos citados pela ONG. Confira na íntegra;
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL - CAMPUS DE PATOS-PB
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Direção do Centro de Saúde e Tecnologia Rural (CSTR) da Universidade Federal de Campina Grande vem a público esclarecer a então denúncia “ ONG Adota Patos emite nota de repúdio à direção da UFCG por proibir alimentação de cães e gatos” veiculada na imprensa e redes sociais na ultima segunda-feira, dia 05 de outubro de 2020.
Desde 2018 a atual administração do CSTR/ UFCG vem se empenhando em tomar medidas para adequar a situação dos animais (cães e gatos) que vivem sob a tutela desse Campus, no sentido de assegurar uma saúde digna e melhor qualidade de vida. Para tanto, foram tomadas várias medidas administrativas, como:
Construção de um abrigo com capacidade de albergar até 50 cães, através da adaptação de uma antiga edificação que estava desativada dentro do Campus, e subdividida com várias salas de separação de machos e fêmeas, com comedouros e bebedouros; Viabilizar aquisição de ração de qualidade por meio de campanhas de doação por parte da comunidade acadêmica do Campus, de proprietários particulares, clínicas veterinárias particulares, dentre outras; Incentivo à promoção de parcerias com ONGs (Adota Patos), Hospital Veterinário Universitário da UFCG, clínicas veterinárias particulares na realização gratuita de cirurgias de castração, doação de medicamentos e outros insumos para o controle da população dos animais e tratamento de doenças pré-existentes (TVT, doença do carrapato, etc.); Incentivar o senso de responsabilidade compartilhada dos animais com toda a comunidade acadêmica e a sociedade, através de campanhas de adoção, fazendo jus o compromisso do curso de Medicina Veterinária; Criação de resolução aprovada no Conselho Administrativo (CONSAD) institucionalizando as práticas e preceitos de garantias de bem-estar animal dentro do CSTR/UFCG, baseada na Lei de Crimes Ambientais 9605/95, art. 32 e que agora passa à esfera criminal (Lei 1.095/2019).
Sobre a notícia de que a Direção do CSTR/UFCG proibiu a alimentação dos animais e determinou a relocação dos mesmos, não tem o menor fundamento, pois estaria praticando crime institucional e de maus-tratos por abandono dos animais que sempre defendemos e lutamos por uma vida digna e amados por toda a comunidade acadêmica do Campus de Patos. A Direção do Campus está indignada com o teor dessa nota distorcendo a realidade dos fatos, pois, durante toda a Pandemia do Covid-19, tivemos muitas dificuldades de manter o funcionamento do abrigo dos animais com a interrupção das aulas e consequente afastamento de alunos e professores colaboradores. Isso levou a Direção do Campus determinar a soltura dos animais, o que culminou, inclusive, na agressão de uma cadela sobre um servidor do Campus.
Enfim, para manter integridade física dos animais e dos funcionário em circulação no Campus do CSTR, publicamos um Ofício Circular, determinando: A proibição da distribuição de ração de cães e gatos de forma aleatória e desordenada, nos diversos setores do Campus, estabelecendo um local apropriado e seguro para todos; e que a Direção estava viabilizando, o mínimo de funcionamento do abrigo para apreensão dos animais agressivos para coibir ataques sobre as pessoas que transitam no Campus.
Patos, 06 de outubro de 2020.
Sérgio Ricardo A. Melo e Silva – Diretor do CSTR/UFCG.
Por Genival Junior - Patosonline.com
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