Uma junta de cinco médicos do Hospital Universitário de Brasília (HUB) realizou no início da tarde deste sábado (23) uma perícia médica para avaliar o real estado de saúde do deputado licenciado José Genoino (PT-SP). Os exames foram uma deteminação do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que concedeu prisão domiciliar provisória para que o petista seja tradado de sua condição cardíaca.
A junta médica chegou por volta das 11h deste sábado, de acordo com o IC-DF. Concluídos os exames, os médicos se reuniram às 14h para discutir o estado de saúde de Genoino. Um parecer sobre o estado de saúde dele, incluindo os resultados dos exames, será enviado à Justiça. Com base nestes documentos, Barbosa vai decidir se Genoino cumprirá sua pena em prisão domiciliar ou se voltará para a penitenciária da Papuda.
Genoino está internado no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (IC-DF), no Hospital das Forças Armadas (HFA), onde deu entrada após passar mal na Penitenciária da Papuda na quinta-feira (21).
A junta médica que examina Genoino é composta pelos médicos Luiz Fernando Junqueira Júnior (professor de cardiologia da Universidade de Brasília e presidente da junta); Cantídio Lima Vieira (cardiologista e especialista em perícia médica); Fernando Antibas Atik (especialista em cirurgia cardiovascular ); Alexandre Visconti Brick (professor de cirurgia cardiovascular) e Hilda Maria Benevides da Silva de Arruda (médica cardiologista do HUB).
Problemas cardíacos
Genoino tem histórico de problemas cardíacos e em julho passou por cirurgia de dissecação na aorta. Em agosto deste ano, por causa de um acidente vascular cerebral, pediu aposentadoria por invalidez na Câmara dos Deputados. Na última quinta-feira (21), Genoino passou mal na cadeia e teve autorização para ser removido para o ICDF, onde deu entrada na emergência às 14h com quadro de pressão alta.
José Genoino era presidente do PT quando estourou o chamado escândalo do mensalão, em que membros do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram acusados de comprar apoio político no Congresso Nacional para aprovação de matérias de interesse do Palácio do Planalto.
O então ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu, foi apontado como principal articulador do esquema, que tinha o publicitário Marcos Valério como operador financeiro e pessoas ligadas aos bancos BMG e Rural como intermediários. Todos, inclusive o delator do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson, foram condenados pelo STF. Vinte e cinco réus foram condenadas no processo: 11 já estão presos e um está foragido.
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