A senhora Josefa Querumbina da Conceição, que completou 74 anos nesta quarta-feira, dia 16 de outubro, havia ido embora da cidade de Patos há 50 anos. No sertão, ela deixou seus filhos depois de problemas familiares que geraram uma separação dolorosa. Josefa passou a morar em Timbaúba, Pernambuco, e deixou em Patos somente a saudade.
Após 50 anos depois dessa triste partida, a senhora Josefa relatou que desejaria reencontrar seus filhos para pedir desculpas e reatar os laços perdidos em decorrência dos dissabores da vida. Mas como fazer isso se todos os contatos foram desfeitos com o tempo?
Ao relatar o desejo, a idosa encontrou apoio das sobrinhas que começaram a busca por notícias dos filhos. Uma dessas sobrinhas fez contato com a redação do Patosonline.com e depois de matéria dando detalhes da história, o funcionário público Manoel Palmeira, que atualmente reside em João Pessoa, porém, é da cidade de Patos, ligou pontos dos fatos e descobriu uma das filhas da Dona Josefa.
A partir desse contato, os demais foram feitos e o reencontro foi combinado para esta quarta-feira, dia 16, data em que Dona Josefa faz aniversário e o seu maior presente foi reencontrar os filhos e dar o abraço carinhosos que demorou 50 anos.
Na tarde desta quarta-feira, a redação do Patosonline.com esteve na residência de uma das filhas da Dona Josefa. Maria de Fátima reside em Santa Gertrudes, Distrito de Patos, e não acreditou quando deram conta que haviam encontrado a mãe dela. “Eu tinha 14 anos quando ela foi embora...todo Dia das Mães eu rezava para ela e acendia uma vela para ela, pois achava que ela estava morta...agora eu estou muito feliz, feliz mesmo...”, disse emocionada Maria de Fátima.
Maria Zélia, que reside no Bairro Belo Horizonte, em Patos, também é uma das filhas da Dona Josefa. “Eu fiquei muito contente quando soube que ela estava viva...eu pedi a Nossa Senhora para mostrar se ela estava viva. Quando foi esse mês eu recebi essa graça. Minha mãe sofreu muito...meu pai abandonou. Aí ela (Josefa) saiu dando os filhos e foi embora...”, relatou.
Filhas, netas, sobrinhas, genros e amigos deram o abraço que demorou 50 anos e consolidaram o reencontro.
Jozivan Antero – Patosonline.com
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