Vários trabalhadores que estão prestando serviços à empresa Tabocas Empreendimentos S/A realizaram um protesto para pressionar os diretores diante de desrespeito às leis trabalhistas. A revolta começou neste sábado, dia 27, e se estendeu também no domingo, dia 28.
O escritório com almoxarifado e o alojamentos da Tabocas Empreendimentos estão localizados na antiga Concessionária Mercedes Benz e também às margens da BR 230, em Patos. Os trabalhadores relataram que a empresa não vem pagando horas extras, não está respeitando as folgas, vem pagando salários bem abaixo dos pagos em outras regiões, não respeita os feriados e cria obstáculos para registro de ponto na hora real de entrada e saída.
Alguns líderes do movimento que reivindicam respeito às leis trabalhistas usaram correntes com cadeados e fecharam os portões para evitar que colegas saíssem para trabalhar. Em decorrência desse fato, a administração recorreu da força policial para liberar os portões, porém, outra informação é de que houve denúncias de possível presença de drogas no alojamento.
A ação das guarnições da Polícia Militar e da Polícia Civil foi criticada pelos trabalhadores, que alegam intimidação e constrangimento durante o ato. A ação foi filmada e alguns vídeos circulam nas redes sociais.
Os trabalhadores denunciam que estão desamparados pelo Ministério do Trabalho e por qualquer outra fiscalização que iniba os abusos cometidos pela empresa. Eles alertam que estão batendo o cartão de ponto de acordo com o que quer a empresa, porém, essa não é a realidade dos horários de entrada e saída.
A Empresa Tabocas Empreendimentos S/A está realizando serviços de construção das linhas de transmissão de energia eólica nos parques localizados na região de Santa Luzia. As linhas de transmissão passam pelo sertão e seguem até o Ceará.
Em contato com o Comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar, a reportagem foi informada que as guarnições foram solicitadas por escrito pela gerência da empresa e pela Polícia Civil para averiguar a situação de presença de drogas. A questão dos portões fechados impedindo o direito de ir e vir também foi solicitada para evitar excessos. O comandante relatou que a ação aconteceu dentro da normalidade e tranqulidade.
O espaço fica aberto para a empresa dar sua versão diante das denúncias apresentadas pelos trabalhadores.
Jozivan Antero - Patosonlline.com
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