A família de Débora Henrique, de 20 anos, que morreu na noite desta quinta-feira (16), vítima de uma descarga elétrica, em Piancó, no Sertão da Paraíba, decidiu por doar seus órgãos e ajudar quem precisa. Atualmente no estado existem um total de 511 paraibanos aguardando por órgãos e tecidos.
Conforme o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, a captação dos órgãos foram feitas com com o fígado, que fica na Paraíba; os dois rins da jovem, que vão para Pernambuco e as córneas que devem ir para o Banco de Olhos da Paraíba.
Conforme o médico Henry Wallace Soares Leite, a jovem já deu entrada na unidade em estado grave, com ventilação mecânica e alterações no exame físico neurológico sugestivos de morte encefálica. A causa oficial da morte foi um edema agudo difuso cerebral.
Chegando no Hospital de Trauma, foram feitos exames de imagem que constataram uma lesão cerebral irreversível e diante disso, foi iniciado o protocolo de morte encefálica e, depois da autorização da família, o processo para a doação dos órgãos.
O protocolo consiste em 3 exames, onde dois são clínicos realizados por médicos distintos e o terceiro exame é complementar realizado por um neuro clínico, que é o exame de USG por doppler.
“A gente fica muito feliz com o ato da família; com o gesto da família. Esse ato muda a vida não só da família que autorizou a captação e doação de órgãos, como daqueles que estão na fila, na espera de um órgão que vai mudar a vida deles completamente", disse o médico
Ele agradece a família e a equipe do Trauma, que lidou com todo o processo. “E mais uma vez reforço a necessidade e importância de um gesto tão lindo desses”, complementa.
De acordo com o diretor técnico do hospital, Sebastião Viana, o trabalho de doação de órgãos é de cunho totalmente social. Quem ganha é a população que está na fila de espera. Para o Trauma, segundo Sebastião, o ato engrandece o nosso trabalho mostrando a qualidade em atenção aos pacientes e familiares.
Fonte: ClickPB
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