O que estava sendo previsto está se confirmando. O Brasil terá uma das alíquotas mais elevadas do mundo no novo imposto sobre o consumo que será criado pela reforma tributária.
De acordo com o próprio Ministério da Fazenda, aproximadamente 27%.
Mas como assim? Algo em torno? É que ainda não se sabe com precisão.
O governo entregou hoje ao Senado um estudo que modela possíveis alíquotas.
As projeções são bastante sólidas, afirma o Ministro da Fazenda. Contudo, ao mesmo tempo, são frágeis como odores ou aromas no ar.
Entretanto, o que realmente traz preocupação é uma carga tributária substancial.
Isso ocorre porque tudo dependerá das decisões a serem tomadas posteriormente, ou seja. Quais são as exceções, regimes diferenciados, incentivos, e assim por diante.
Esses fatores, ao final, determinarão qual será a alíquota desse imposto que, alega-se, simplificará.
O foco do governo, de qualquer forma, está na receita.
O governo também preparou hoje uma nova medida provisória que engloba valorização do salário mínimo, alterações nas faixas de isenção do imposto de renda e, claro, aumento na tributação.
Salário mínimo e novas faixas de isenção implicam aumento de despesas.
No que diz respeito à tributação, a intenção é taxar os rendimentos obtidos por pessoas jurídicas no exterior – as offshores – que são controladas por pessoas físicas aqui.
O complicado cenário ainda está sendo analisado no âmbito da mencionada reforma ministerial.
Isso é o preço que o Centrão cobra para que o governo possa obter mais receitas.
William Waackda CNN São Paulo
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