Na manhã desta sexta-feira, 18 de agosto, familiares de uma paciente de 25 anos que deu entrada no Hospital Regional de Patos com suspeita de meningite viral, procuraram a redação do Patosonline.com para fazer uma denúncia a respeito do atendimento na unidade. Segundo relato dos parentes, a paciente enfrentou demora no atendimento, falta de isolamento adequado e medidas de segurança insuficientes, colocando em risco não apenas a sua saúde, mas também de outros pacientes e profissionais de saúde.
De acordo com o relato, a paciente deu entrada no hospital com histórico de crise convulsiva e dores de cabeça frequentes, já tendo passado por um hospital particular da cidade. A família afirma que, mesmo com os sintomas e histórico, a paciente teria sido mantida no meio de outros pacientes, exposta a um ambiente potencialmente contagioso. A paciente só teria sido transferida para uma sala mais isolada após intensa insistência da família e intervenção de terceiros que possuíam influência no hospital.
A denúncia ainda aponta que a paciente estava em uma sala que ocasionalmente recebia outros pacientes para procedimentos, inclusive pacientes tomando banho, o que aumentava a exposição ao risco.
Outro ponto citado é com relação a demora na coleta do líquor para realização do exame. Os denunciantes informaram que teriam se passados quase 24 horas, sendo feita somente após pressão da família.
A família relata que a direção do hospital só tomou providências após diversas reclamações e que até a sexta-feira, mesmo após o tempo decorrido, ainda não havia um parecer médico conclusivo sobre a condição da paciente. O exame de confirmação da suspeita de meningite viral estaria levando muito tempo para ser processado, sendo informados de que seria necessário um prazo de 7 dias até que saísse o resultado, causando preocupação de exposição a outros pacientes.
A assistência ao caso, segundo a denúncia, teria sido inadequada, com médicos evitando contato direto com a paciente e enfermeiras entrando na sala sem luvas de proteção. Um agravante é que, segundo a denunciante, havia-se a possibilidade de dar alta a paciente mesmo sem o resultado do exame.
A família expressa o desejo de que o caso seja tratado com a gravidade e prioridade que merece, visando a segurança da paciente, de outros pacientes e profissionais de saúde.
Sobre o caso, o Patosonline.com fez contato com a assessoria de comunicação do Complexo Hospitalar Regional de Patos, que enviou a seguinte nota:
Nota de esclarecimento
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), esclarece que a paciente deu entrada na urgência de forma espontânea, sem regulação por parte de outra unidade de saúde. Ressaltamos que ela foi admitida de forma imediata e após atendimento e avaliação, foi constatada a suspeita de meningite. Conforme protocolo, a mesma passou a ser medicada para o tratamento do agravo, enquanto aguardava pelo exame específico, que foi feito por meio da coleta do líquido espinhal.
Em relação à espera pelo exame, ressaltamos que este só pode ser realizado por profissional habilitado, no caso um anestesista, o que assegura a própria segurança do paciente. Vale salientar que a usuária em questão foi isolada e o caso devidamente notificado como suspeito, conforme preconiza a norma técnica do agravo. Reforçamos que a paciente segue medicada de forma preventiva, estável e sem agravamento de seu quadro.
Por fim, reiteramos o compromisso do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro em prestar a devida assistência à população, bem como manter a segurança de pacientes e profissionais que circulam diariamente na unidade.
Patos, 18 de Agosto de 2023
Por Patosonline.com
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