Os professores de todos os campi da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira, dia 03 de junho, conforme anunciado pela Associação dos Docentes da UFPB (ADUFPB).
As reuniões para definir o movimento grevista contaram com a participação de 207 professores, distribuídos entre os campi de João Pessoa, Areia e Bananeiras. A votação final resultou em 167 votos favoráveis à greve, 38 contrários e duas abstenções.
O secretário-geral da ADUFPB, Fernando Cunha, destacou que a decisão veio após a categoria já ter aprovado um indicativo de greve no dia 3 de abril. "A ADUFPB sempre respeitou a decisão dos docentes, que haviam decidido, em assembleias anteriores, pelo indicativo de greve sem data. Fizemos todo o possível para que o processo de negociação tivesse outro encaminhamento, mas o Governo Federal nos deixou sem perspectiva", afirmou Cunha.
Os docentes estão insatisfeitos com a falta de avanços nas negociações com o Governo Federal. A greve visa pressionar por melhores condições de trabalho e reajustes salariais que reflitam as demandas da categoria.
Além dos professores, os servidores técnico-administrativos da UFPB já estão em greve desde 11 de março. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintesp-PB), a principal demanda é um reajuste salarial para 2024 e melhorias no Plano de Cargos e Carreiras dos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).
O Governo Federal está oferecendo um reajuste de 12,5%, dividido em 9% para 2025 e 3,5% para 2026. No entanto, a categoria está reivindicando um reajuste de 22%, distribuído em 7% para 2024, 9% para 2025 e 6% para 2026.
A greve dos professores da UFPB, somada à paralisação dos técnico-administrativos, representa um significativo impacto nas atividades acadêmicas e administrativas da instituição. A expectativa é que o movimento aumente a pressão sobre o Governo Federal para que se chegue a um acordo satisfatório para ambas as categorias.
Por Patos Online
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