A polícia indiciou o cantor Gustavo Sagaiz e o empresário Flávio Brunet Pereira Ramalho por causar o desabamento de uma estrutura de show em abril deste ano, em João Pessoa, no bairro do Altiplano, causando a morte de uma mulher e deixando outras mais de 60 pessoas feridas.
De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, a casa de show onde aconteceu o desabamento, UP Garden Altiplano, estava irregular e não tinha autorização para realizar eventos. O corpo de Bombeiros também identificou descumprimento das as normas de segurança contra incêndio e pânico.
De acordo com o processo judicial, o dono do estabelecimento, o empresário Flávio Brunet e o cantor Gustavo Sagaiz, que comemorava seu aniversário no local, vão responder por causar o desabamento da estrutura de show, expondo ao perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outras pessoas; por ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem; e por lesão corporal seguida de morte, com a pena total dos crimes podendo chegar a 14 anos de prisão.
Ao ser procurado pelo g1, o advogado do cantor Gustavo Sagaiz, Daniel Alisson, afirmou que seu cliente respeita a posição do inquérito policial, mas discorda das acusações e vai prosseguir com a defesa do processo na justiça. O empresário Flávio Brunet, dono da casa de shows, também foi procurado, mas até a versão mais atualizada desta matéria, não se pronunciou sobre o assunto.
Uma festa acontecia numa casa de shows localizada no bairro do Portal do Sol, em João Pessoa, na noite do dia 28 de abril, quando a estrutura de madeira e telha onde ficava o palco desabou. Houve muito desespero por parte de artistas e por parte do público e muitas pessoas ficaram caídas, com ferimentos de todos os tipos.
O estabelecimento afirmou, por meio de nota, que a responsabilidade pela realização do evento não era deles, porque apenas locaram o espaço físico.
O cantor Gustavo Sagaiz comemorava seu aniversário no estabelecimento no momento em que a estrutura desabou. De acordo com a defesa do artista, todas as normas públicas e contratuais foram respeitadas, sendo a casa de shows responsável pelo ocorrido.
Quatro unidades de resgate do Corpo de Bombeiros e sete do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de João Pessoa (Samu-JP) foram acionadas, mas esse número de viaturas foi insuficiente. Assim, muitas das pessoas machucadas precisaram ser atendidas por familiares e amigos em carros particulares.
Mais de 60 pessoas feridas chegaram a ser encaminhadas a ao menos quatro hospitais de João Pessoa - Hospital de Trauma, Ortotrauma de Mangabeira, Hospital da Unimed e Hospital Nossa Senhora das Neves. Porém, a Polícia Civil elaborou o documento do indiciamento com base no número de 46 feridos.
Isabela Toscano Lira, de 42 anos, uma das vítimas do desabamento da estrutura da casa de eventos no bairro Portal do Sol, em João Pessoa, morreu na noite do dia 10 de maio, de acordo com informações confirmadas pelo Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC).
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