Em agosto deste ano o Brasil registrou 68.635 queimadas, de acordo com dados de monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), sendo o maior número de casos para o mês desde 2010, época em que foram registrados 91.085 incêndios.
Já em comparação ao ano passado, quando foram contabilizados 28.056 focos de incêndio em agosto, houve um aumento de 144%.
Agosto marca o início do período de queimadas no Brasil, que se estende até outubro, com o maior número de incêndios geralmente ocorrendo em setembro.
Previsão de situação crítica para os próximos dois meses:
Mato Grosso, Pará e Amazonas são os estados com o maior número de incêndios no Brasil, representando 56% do total nacional.
Esses estados estão localizados principalmente na Amazônia Legal, que responde por 49,7% dos incêndios, e em parte no Pantanal, especialmente no sudoeste de Mato Grosso, que soma 30,9% dos focos.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) prevê que tanto a Amazônia quanto o Pantanal continuarão enfrentando condições críticas de incêndio nos próximos dois meses.
Efeitos da fumaça na saúde:
- Problemas respiratórios;
- Irritação ocular;
- Agravamento de doenças cardíacas;
- Redução da função pulmonar;
- Aumento do risco de câncer;
- Diminuição da qualidade do sono;
- Comprometimento do sistema imunológico.
A fumaça também afeta o funcionamento do coração:
De acordo com o médico cardiologista Dr. Roberto Yano, a fumaça de incêndios pode afetar, além da função respiratória, a saúde cardiovascular.
“Os pequenos poluentes e compostos químicos presentes na fumaça de queimadas penetram nos alvéolos pulmonares e acessam a corrente sanguínea, afetando todo o organismo, não apenas os pulmões”.
“Essa invasão pode provocar inflamação nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de hipertensão, arritmias e até mesmo infarto do miocárdio, o que afeta principalmente pessoas com problemas cardíacos prévios”, alerta o Dr. Roberto Yano.
Como se proteger dos efeitos da fumaça?
- Evitar exposição ao ar livre;
- Usar máscaras de proteção em locais de risco;
- Manter ambientes fechados;
- Hidratar-se adequadamente;
- Evitar atividades físicas intensas em locais de risco;
Equipe MF Press Global
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