Na manhã desta segunda-feira (11), o jovem Fábio Victor, envolvido no acidente que deixou gravemente ferido o popular Clodoaldo Medeiros da Silva Costa, de 40 anos, na última quinta-feira (07), na Rua Pedro Caetano, no Centro de Patos, se apresentou à Delegacia de Polícia Civil acompanhado de seu advogado, Dr. Corsino Neto. A vítima, Clodoaldo, que trabalha com panfletagem, estava voltando para casa quando foi atingido por um veículo Volkswagen Saveiro dirigido por Fábio.
Conforme o delegado Manoel Martins, em entrevista ao repórter Higo de Figueirêdo, da Rádio Espinharas FM, o motorista foi qualificado e passou por interrogatório, mas exerceu o direito constitucional de permanecer em silêncio. O delegado destacou que o condutor não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e que o inquérito terá continuidade com novas diligências. Caso sejam comprovados os crimes, o relatório final será acompanhado de um pedido de indiciamento.
"O inquérito seguirá seu curso normal de apuração. Certamente, vamos solicitar outras diligências para configurar o crime de lesão corporal no trânsito. Já sabemos que ele não é habilitado, não prestou socorro e evadiu-se do local do sinistro. Todos esses pontos serão levados em conta ao final das investigações. Vamos requisitar o laudo da vítima, possíveis imagens do local, e verificar se ele estava embriagado. Caso sejam confirmados todos esses elementos, o inquérito policial já foi instaurado e o relatório final será encaminhado com o pedido de indiciamento", explicou o delegado.
Ouça mais detalhes abaixo:
Ao repórter Higo de Figueirêdo, Dr. Corsino Neto afirmou que Fábio desejava se apresentar desde a última sexta-feira (08), mas o advogado pediu que esperasse até esta segunda-feira (11) devido à sua agenda. O advogado de defesa também disse que, apesar do motorista não ter permanecido no local do acidente, isso não configuraria omissão de socorro. Ele destacou que a Polícia Civil irá apurar a dinâmica do caso.
"Fábio ligou para o pai, e as pessoas que estavam lá, amigas dele, chamaram o SAMU. O pai dele foi até o hospital para prestar a assistência necessária naquele momento. Então, o que realmente aconteceu foi que os policiais não o encontraram no local do acidente quando chegaram, mas isso não significa que ele fugiu ou omitiu socorro. [...] O acidente aconteceu, isso é fato, e a causa será discutida posteriormente. A acusação de fuga ou omissão de socorro não procede, pois houve contato com as autoridades e com o SAMU. A família do Fábio, incluindo o pai, esteve no hospital, o que é registrado por imagens de segurança e documentos. Agora, esperamos que tudo seja resolvido da melhor forma possível e que a polícia apure as responsabilidades pelo acidente. Desde sexta-feira (08), ele já queria ter se apresentado. Pedi que aguardasse até hoje devido à minha agenda. [...] Não poderia acompanhá-lo na sexta-feira, então fiz questão de estar aqui hoje", relatou Dr. Corsino.
Sobre o assunto, o superintendente da STTrans, Elucinaldo Laurinho, esclareceu quanto à disponibilização das imagens do sistema de videomonitoramento e sobre a possível ligação de Fábio com a autarquia.
Elucinaldo informou que mensagens que circulam em grupos de WhatsApp, alegando que ele teria mandado excluir as imagens do sistema de videomonitoramento do momento do acidente, são falsas. O superintendente destacou que o sistema funciona 24h e que as imagens do dia do acidente estão disponíveis para as autoridades, que oficializaram nesta segunda-feira (11), por meio da Polícia Civil, a requisição das gravações.
Quanto à possível vinculação de Fábio com a autarquia, Elucinaldo afirmou: "Qualquer acidente que ocorra no Centro da cidade ou em qualquer outro lugar, envolvendo servidor – seja efetivo, comissionado, contratado ou ex-servidor –, a STTrans e o gestor, seja eu ou outro, não são responsáveis. Todo cidadão é responsável por seus atos, principalmente tratando-se de alguém penalmente imputável, ou seja, maior de idade. Associar a imagem da STTrans ou a minha pessoa a esse acidente, simplesmente por envolver um ex-funcionário ou funcionário, não é aceitável. É preciso separar o que é a instituição, o que é o gestor e o que é a ação de um cidadão na via pública", comentou.
De acordo com informações repassadas à nossa equipe na tarde desta segunda-feira (11), pela assessoria de comunicação do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde Clodoaldo está internado, ele segue na área vermelha e seu quadro clínico é considerado grave.
Por Felipe Vilar - Patos Online
Sonoras: Higo de Figueirêdo/Rádio Espinharas FM
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