O município de Patos, no Sertão da Paraíba, terá novamente cinco mulheres ocupando cadeiras na Câmara Municipal a partir da próxima legislatura, que começa em 1º de janeiro de 2025. Essa será a segunda vez na história que a Capital do Sertão contará com cinco mulheres eleitas por voto direto, igualando a legislatura de 2017-2020.
A Capital do Sertão elegeu em 6 de outubro, as vereadoras Brenna Nóbrega (PSB), juntamente com Tide Eduardo, Nadir Rodrigues, Lucia de Chica Motta e Fátima Bocão (Republicanos), igualando o ocorrido na legislatura 2017 a 2020, que teve Nadir, Edjane Araújo, Lucinha Peixoto, Fátima Bocão e Tide Eduardo, eleitas no pleito realizado em 2016.
Ao longo da história, o município já elegeu 18 vereadoras, e completa nesta quarta (01), 20 mulheres no exercício do mandato parlamentar em sua trajetória política.
Um levantamento do Patosonline.com, com base nas informações oficiais do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), mostra que na lista, consta além das 18 eleitas pelo voto direto, duas suplentes, (Jeane Calixto e Juliana Sátiro), que assumiram a condição de vereadora por conta do falecimento e afastamento de seus respectivos titutales, após as eleições de 1992 e de 2008, respectivamente.
Os números também incluem o resultado das eleições municipais de 2020 e outras 17 eleições diretas para o legislativo mirim patoense, que elegeu uma ou mais vereadoras nos pleitos de 1955; 1963; 1992; 1996; 2000; 2004; 2008; 2012; 2016 e 2020, ficando sem nenhuma representação feminina em 1947; 1951; 1959; 1968; 1972; 1976; 1982 e 1988.
Nesta quarta, Brenna Nóbrega e Lúcia de Chica Motta serão as mulheres a assumir o mandato pela primeira vez, conforme levantamento do Patosonline.com junto aos dados do Tribunal Superior Eleitoral. Confira a representação feminina na história do legislativo patoense:
1955: A primeira vereadora eleita na história política de Patos foi Maria Ester Sátiro Fernandes, que venceu a disputa naquele ano com 271 votos, pela UDN.
1963: Severina Etelvina de Pontes foi eleita com 534 votos, pelo PSD.
1992: Maria da Cruz Crispim Batista foi eleita com 501 votos, pelo PRN, e Eliane Batista foi eleita com 481 votos, pelo PFL. Naquele ano, Jeane Calixto ficou na suplência com os 446 votos que obteve pelo PMDB, mas assumiu o mandato em lugar de Paulo Porto, que fora eleito com 590 votos e morreu de forma trágica em dezembro de 1992, antes de assumir o mandato.
1996: Lucineide da Silva Fernandes (Bola), foi eleita pelo PMDB com 1.017 votos. Eliane Batista, também pelo PMDB, recebeu 790 votos e ficou na primeira suplência. Eliane assumiu o mandato após a morte do vereador Nego Assis, ocorrida em 1998.
2000: Cláudia Palmeira recebeu 1.080 votos e foi eleita pelo PMDB.
2004: Zefinha das Bolsas foi eleita com 2.078 votos e venceu o pleito pelo PL.
2008: Zefinha das Bolsas recebeu 1.962 votos e conquistou o seu segundo mandato, desta feita pelo PTB. No mesmo ano, Maria José Vanâncio (Peteca), teve 1.053 votos pelo PRP, e também foi eleita. Juliana Sátiro ficou na primeira suplência do PMDB, com 1.255 votos, mas assumiu por 120 dias no ano de 2012, em lugar do vereador Chico Bocão.
2012: Lucinha Peixoto foi eleita com 1.713 votos, pelo PCdoB. Nadir Rodrigues, que recebeu 1.300 votos pelo PMDB, Isis Karla, que teve 1.018 votos, pelo PRTB e Cláudia Leitão, que recebeu 840 votos pelo PL, também se elegeram.
2016: Nadir Rodrigues recebeu 1.609 votos pelo PMDB e foi a mulher mais votada naquele ano. Edjane Araújo, que obteve 1.374 votos pelo PRTB, Lucinha Peixoto, eleita com 1.207 votos pelo PCdoB, Fátima Bocão, eleita com 1.176 votos pelo PMDB e Tide Eduardo, eleita com 1.074 votos pelo PMDB, também venceram a disputa.
2020: Nadir Rodrigues foi eleita com 1.195 votos pelo Republicanos e chegou ao seu terceiro mandato. Tide Eduardo recebeu 1.132 votos pelo PSL e chegou ao seu segundo mandato. Já Nega Fofa, recebeu 998 votos e foi eleita pelo Solidariedade.
2024: Brenna Nóbrega se elege como a vereadora mais votada da história de Patos com 2.769 votos e Tide Eduardo fica em segundo com 2.360 votos, as duas superaram a marca histórica de 2.343 votos de Orlando Xavier, alcançada em 1982, e que era a maior votação da história de Patos até então. As demais mulheres eleitas foram Nadir, com 1.789 votos, Lúcia de Chica Motta, com 1.388 votos e a Fátima Bocão, com 1.258 votos.
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