Com pesar, os familiares da jovem odontóloga Hermínia Conceição Siqueira Silva, que faleceu na manhã desta sexta-feira (24) em decorrência de complicações pós-parto na UPA do Campo da Liga, informam que seu corpo será velado na residência de sua sogra, localizada na Rua Natanael Vidal de Negreiros, nº 127, bairro da Liberdade, em Patos, a partir das 19h. O sepultamento, por sua vez, está marcado para este sábado, 25 de janeiro, na cidade de Tabira, Pernambuco, sua terra natal, em horário ainda não definido.
Ela era casada com o comerciante Luiz Diego Freitas Soares, com quem teve duas filhas: a recém-nascida de 11 dias de vida, e outra de 2 anos. O esposo, muito abalado com a notícia, escreveu uma mensagem de despedida em suas redes sociais:
"Ainda estou sem acreditar que você nos deixou amor, como vou conseguir criar nossas filhas sem você? Nunca irei te esquecer, não sei oque dizer! Que Deus te coloque em um bom lugar meu amor, um dia estarei ao teu lado novamente. Cuida de nós daí por favor", escreveu.
Natural de Tabira-PE, ela residia em Patos há vários anos, onde se formou em Odontologia pelo Centro Universitário Unifip, em 2021.
Hermínia era muito querida por amigos, familiares, clientes e colegas de profissão. A comunidade local e profissionais da área de saúde manifestaram pesar pela perda precoce da jovem mãe e profissional.
Hermínia, que era puérpera de 11 dias após o nascimento de sua segunda filha, foi encaminhada à UPA pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) por volta das 7h30. Em nota enviada à redação do Patosonline.com, a diretora da unidade, Tássia Rangel, detalhou como se deu o atendimento à jovem.
Conforme a direção, ela apresentava histórico de gestação de alto risco devido a diabetes gestacional. Ao dar entrada na unidade, a paciente estava em estado crítico, com saturação de oxigênio em 81%, dispneia, pressão arterial baixa, sudorese (suor excessivo), palidez e extremidades frias.
De acordo com a equipe médica, Hermínia foi inicialmente atendida na área amarela, onde recebeu medicação e teve exames laboratoriais colhidos. No entanto, por volta das 8h, seu quadro clínico se agravou, sendo transferida para a área vermelha. Lá, ela apresentou taquidispneia (respiração rápida e difícil), pressão arterial inaudível e evoluiu para uma parada cardiorrespiratória.
Apesar das manobras de reanimação e da intubação, a paciente não resistiu e faleceu às 9h06. Segundo o médico plantonista, os exames laboratoriais indicaram alterações significativas, como um D-dímero elevado (7.136 ng/ml) e leucocitose (21.500/mm³), compatíveis com um possível tromboembolismo pulmonar (TEP).
A direção da UPA informou que já havia entrado em contato com a Maternidade Dr. Peregrino Filho para transferência da paciente, e a maternidade estava preparada para recebê-la. Contudo, a gravidade do quadro impossibilitou a transferência e, fatidicamente, a jovem não resistiu.
Por Felipe Vilar - Patos Online
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