Às vésperas do aguardado clássico patoense entre Esporte e Nacional, no próximo domingo (26), o Verdão Maravilha enfrenta uma crise interna que pode interferir na realização do confronto. Jogadores do Nacional ameaçam não entrar em campo devido a atrasos salariais referentes ao mês de dezembro, que deveriam ter sido quitados em janeiro.
De acordo com informações do jornalista Raniery Soares, da Rádio Tabajara, os atletas interromperam os treinos desde a última terça-feira (21) e deram prazo até esta sexta-feira (24) para que a diretoria regularize os pagamentos.
Na quinta-feira (23), parte dos salários foi paga, mas a comissão técnica, incluindo o treinador Rafael Soriano, continuou sem receber. Nesta sexta-feira, os jogadores foram ao Estádio José Cavalcanti para treinar, mas decidiram abandonar a atividade após serem informados que os pagamentos pendentes ainda não haviam sido solucionados.
A decisão gerou um tumulto com membros da diretoria, e a Polícia Militar precisou ser acionada para acalmar os ânimos.
Após o incidente, os jogadores se dirigiram ao CT Ninho do Canário para uma reunião com o presidente do clube, Thiago Cintra. Em vídeos divulgados nas redes sociais, os atletas aparecem liderando a cobrança por maior transparência e regularização financeira.
Durante a conversa, o grupo destacou a necessidade de um compromisso mais sólido da diretoria com o elenco.
Mais cedo, Cintra admitiu, à Arena Correio, que 50% dos salários estavam atrasados, mas afirmou que 90% dos atletas já haviam recebido seus vencimentos.
Rumores de que o presidente teria renunciado ao cargo surgiram logo após a reunião, mas uma fonte ligada ao clube desmentiu a informação inicialmente, em contato com nossa equipe.
Mesmo com os pagamentos parciais, os jogadores mantêm a decisão de greve, e a incerteza permanece sobre a participação do Nacional no clássico marcado para este domingo (26).
O duelo contra o Esporte, tradicional rival local, está previsto para acontecer no Estádio José Cavalcanti e é aguardado com expectativa pelos torcedores, mas a crise interna do Nacional lança uma sombra sobre o evento.
Por Felipe Vilar - Patos Online
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