Em entrevista ao programa Ô Paraíba Boa, da Rádio 100.5 FM de João Pessoa, o secretário de Saúde do Estado, Ari Reis, falou sobre a morte do garoto Enzo Gabriel Ferreira, de apenas 5 anos, ocorrida na última sexta-feira (07), após uma cirurgia de postectomia (fimose) no Hospital e Maternidade Sinhá Carneiro, em Santa Luzia, Sertão da Paraíba.
O procedimento, considerado simples no campo da medicina, foi realizado por volta das 9h. Segundo a família, residente no Sítio Bom Jesus, em Teixeira, Enzo faleceu ao meio-dia, mas os parentes só foram informados da morte às 15h, sem explicações detalhadas sobre o ocorrido. A família relatou que todos os documentos exigidos para o procedimento foram entregues, incluindo o risco cirúrgico. Além disso, os familiares afirmam que avisaram os médicos sobre um problema cardíaco hereditário no menino, o que poderia exigir cuidados adicionais.
De acordo com o secretário, ele tomou conhecimento do fato poucos minutos após o óbito da criança e providenciou o apoio necessário à família, além de esclarecimentos sobre o caso. Ele também solicitou cópias dos prontuários e o encaminhamento do corpo do garoto para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), em João Pessoa.
"Desde a sexta-feira, poucos minutos depois, nós ficamos sabendo. Providenciei para que toda a família recebesse o apoio necessário e os devidos esclarecimentos. Também solicitei cópias dos prontuários, que chegaram prontamente à secretaria ainda na sexta-feira, e a remoção do corpo da criança para investigação no SVO, na capital. Estou acompanhando e cobrando todos os dias o laudo do SVO sobre as prováveis causas do óbito dessa criança", declarou.
Dr. Ari Reis disse ser uma morte como incomum, tendo em vista que se trata de um procedimento com anestesia local e que dura cerca de 15 minutos. O secretário informou que, após a conclusão da cirurgia, Enzo foi encaminhado para a enfermaria consciente e orientado. No entanto, algumas horas depois, passou mal e não apresentava mais sinais vitais. A equipe médica realizou o processo de reanimação, mas, infelizmente, o garoto não resistiu.
"É absolutamente incomum um óbito após uma cirurgia de fimose, pois a anestesia é local e o procedimento dura cerca de 15 minutos. O paciente (Enzo) concluiu a cirurgia e foi para a enfermaria consciente e orientado, assim como as outras crianças que passaram pelo mesmo procedimento no dia. Algumas horas após a cirurgia, a mãe notou que ele não estava dormindo, mas, sim, ficando roxinho. Ela então solicitou atendimento. A equipe médica realizou reanimação por mais de 30 minutos, mas, infelizmente, não conseguimos salvá-lo. Estamos investigando a causa desse óbito", afirmou.
O secretário classificou o ocorrido como uma fatalidade e disse que não houve negligência por parte do hospital.
"A criança teve alta, isso está registrado em prontuário. Estava consciente, orientada e acordada. Infelizmente, com muita tristeza, ninguém quer perder uma criança. Foi uma fatalidade. Ainda não sabemos a causa, e estou aguardando o laudo do SVO de João Pessoa para esclarecer as possíveis razões. A Secretaria tem dado todo o apoio à família desde o início, assim como ao hospital. Também reforcei as orientações à unidade. Mas, pelo que investigamos até agora, realmente trata-se de uma fatalidade. Não houve negligência ou falta de atendimento. É preciso esclarecer melhor do ponto de vista médico o que ocorreu, e o laudo do SVO trará essas respostas", finalizou.
Veja abaixo a fala do secretário:
Por Patos Online
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