Após a veiculação de uma reportagem sobre a tuberculose, pacientes de Patos-PB denunciaram a falta de um médico pneumologista no município para tratar a doença. Diante das reclamações, o coordenador da Vigilância Epidemiológica, José Amorim, esclareceu que o atendimento de pacientes com tuberculose é feito pela Atenção Primária, e que a presença de um especialista não é obrigatória para o diagnóstico e tratamento.
Segundo ele, qualquer pessoa com sintomas suspeitos pode procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) onde é cadastrada. O médico da UBS tem a competência para solicitar exames como o Teste Rápido Molecular (TRM), a baciloscopia de escarro e a radiografia de tórax, que permitem identificar a doença. Caso a suspeita seja confirmada, a notificação é feita ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), e o paciente recebe a medicação necessária.
"Não é necessário um pneumologista para iniciar o tratamento da tuberculose. O fluxo de atendimento envolve a UBS, a realização dos exames e o encaminhamento à Vigilância Epidemiológica para o fornecimento da medicação", explicou o coordenador.
Ele ainda destacou que o pneumologista que atuava no município atendia apenas casos em que os pacientes apresentavam intercorrências com os medicamentos, como efeitos colaterais severos. Nesses casos, os pacientes são encaminhados para referência especializada, onde passam por avaliação e ajustes no tratamento.
O coordenador reforçou que a Vigilância Epidemiológica de Patos continua realizando exames para o diagnóstico da tuberculose e orientou que, mesmo aqueles que fizeram exames na rede particular e receberam o diagnóstico positivo, devem procurar uma UBS. Isso porque toda a medicação é supervisionada pelo sistema público de saúde, garantindo o acompanhamento adequado do paciente ao longo do tratamento.
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