Internada há 15 dias no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), em Patos, a agricultora aposentada Quitéria Vitalina de Andrade, natural da cidade de Imaculada, teve uma surpresa emocionante neste domingo (06), data em que completou 70 anos. Em tratamento oncológico no Hospital do Bem, unidade integrante da rede hospitalar do Estado, Quitéria está longe dos filhos e da família, mas viveu um momento de acolhimento e carinho proporcionado pela equipe da unidade.
A comemoração contou com bolo, decoração com bolas e uma refeição especial preparada com muito cuidado: lasanha, o prato preferido da paciente. O gesto simples, mas cheio de significado, emocionou Quitéria, que recebeu o diagnóstico de câncer de pulmão recentemente e fará um procedimento de biópsia nesta quinta-feira (10). Dos quatro filhos da aposentada, três residem em São Paulo, o que torna a distância ainda mais difícil neste momento delicado.
“Eu estava triste. Pela situação e também por estar longe de meus filhos e família, mas essa surpresa me aqueceu o coração, me deixou alegre. Eu chorei no começo do dia, mas a festa me devolveu a alegria. Foi muito bom e me distraiu. Aqui, me senti em família. Vocês morarão sempre no meu coração. Obrigada por hoje e por toda a assistência que eu estou tendo aqui”, disse emocionada a aniversariante.
Para o diretor-geral do hospital, Francisco Guedes, atitudes como essa fazem parte da missão da unidade.
“Era um desejo tão simples. Comer lasanha. Aí pensamos. Podemos fazer mais que isso. A equipe se uniu, a nutrição preparou o almoço especial e a comemoração aconteceu. É também nossa missão ter esse olhar diferenciado e nossa equipe atua com esse foco porque aqui olhamos o paciente além da doença”, afirmou.
A coordenadora do Serviço Social do Hospital do Bem, Suenia Mota, reforçou a importância da humanização no atendimento.
“A hospitalização, principalmente em casos como esse, fragiliza muito o paciente e ter esse olhar humanizado contribui para melhorar o quadro como também trazer mais entusiasmo no enfrentamento da doença. O semblante da Sra. Quitéria mudou muito depois da festa, prova de que, mais uma vez, a humanização na assistência faz toda a diferença para o paciente”, destacou.
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