
André Alves do Nascimento, paraibano preso em Paris pela suspeita de tráfico de drogas, teve a prisão preventiva prorrogada por mais quatro meses pela justiça da França. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (18) pela irmã dele, Andreia Alves do Nascimento.
De acordo com Andreia, a última conversa da família com André aconteceu no começo de abril em uma ligação telefônica que durou 15 minutos. Foi durante esse contato que ele informou sobre a prorrogação da prisão.
"Na ligação ele falou para ficarmos tranquilas, que tava tudo bem", destacou Andreia.
A irmã do paraibano não soube informar o motivo da prorrogação da prisão. Mas informou, ainda, que em quatro meses uma nova audiência será feita pela justiça da França.
O g1 entrou em contato com o Itamaraty, via e-mail, para saber mais detalhes sobre a prorrogação. Mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
André tem 35 anos e é natural de Campina Grande, cidade do Agreste da Paraíba. Ele está detido no centro penitenciário de Fleury-Mérogis, localizado em Paris, capital da França, desde o fim do ano passado.
O paraibano foi considerado desaparecido no dia 6 de novembro de 2024. Depois, foi localizado pela Interpol já na prisão. Entenda abaixo a história de André desde o desaparecimento até a prisão.
André Alves do Nascimento, 35 anos, é natural de Campina Grande, Paraíba. Ele morava há 15 anos em Joinville, Santa Catarina.
Segundo a irmã, André se mudou para o Sul do país aos 18 anos para estudar moda após ganhar uma bolsa de estudos e chegou a atuar como modelo. Nos últimos anos, trabalhava em lojas de roupas na cidade catarinense.
André era descrito por familiares como uma pessoa alegre e trabalhadora. Conforme a irmã, “ele sempre foi alguém focado no trabalho e muito próximo da família”.
André iniciou um "mochilão" pela Europa no início de novembro de 2024. A irmã conta que era o sonho de André fazer uma viagem desse tipo.
"Mochilão" é uma forma mais barata de viajar. Geralmente, o viajante usa apenas uma mochila como bagagem e recorre a serviços acessíveis com menos recursos.
Ele chegou a Paris no dia 4 de novembro e manteve contato com a mãe, Maria de Lourdes, até o dia 6 do mesmo mês, quando enviou a última mensagem dizendo que estava de partida para Amsterdã, na Holanda.
No dia 8 de novembro, após um amigo também relatar a falta de comunicação com André, a família iniciou uma mobilização para encontrá-lo.
Eles registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil da Paraíba e acionaram o Ministério das Relações Exteriores, que intermediou buscas em hospitais, prisões e Institutos de Medicina Legal (IMLs) na França.
A Polícia Federal da Paraíba acionou a Interpol no dia 11 de novembro de 2024, emitindo uma difusão amarela sobre o desaparecimento de André. Dois meses depois, em 13 de janeiro, a polícia divulgou que o paraibano foi localizado e está preso preventivamente em Paris, no centro penitenciário de Fleury-Mérogis.
De acordo com a Interpol, André foi detido por tráfico de drogas. A prisão foi decretada em caráter preventivo, com previsão de duração até 6 de março de 2025. As autoridades não divulgaram detalhes sobre as circunstâncias da prisão ou o tipo de substância envolvida.
O Ministério das Relações Exteriores informou que está prestando assistência consular a André, mas não forneceu detalhes adicionais devido a restrições legais.
A família de André recebeu a notícia com surpresa e choque. “A gente esperava qualquer coisa, menos esse tipo de coisa. Minha mãe está arrasada, porque isso vai contra tudo o que ela ensinou”, disse Andreia.
Apesar disso, a mãe de André, expressou alívio por ele estar vivo:
"Momento de tortura; de tristeza; de espera (...) pelo menos achou ele vivo, não achou morto. Tinha muito medo de receber o telefone dizendo que meu filho estava morto. Não foi isso que ensinei a ele, ensinei meu filho a andar pelo caminho certo. Se quer alguma coisa, trabalhe", disse ao JPB2.
Fonte: g1 PB
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